Em causa estão os anos entre 2019 e 2022 do Orçamento Participativo de Bragança e também o eventual incumprimento por parte do município pela não cobrança do IVA relativo a vários espaços que arrenda a empresas no Parque de Ciência e Tecnologia Brigantia Ecopark.
Ao que o JN apurou o caso está em fase de inquérito e além das diligências de investigação por parte da Polícia Judiciária na Câmara de Bragança, em várias ocasiões, a últimas da quais na semana passada, foram realizadas buscas domiciliárias nas casas dos suspeitos, designadamente um autarca de Pinela, e um membro da assembleia de freguesia desta aldeia, a uma funcionária ligada a um estabelecimento prisional de Izeda, na casa da companheira de um membro da junta de S. Pedro e na residência do autarca de Gostei.
A viciação de resultados está a ser investigada devido a suspeitas de acessos indevidos à plataforma do Orçamento Participativo por funcionários da Câmara ou de alguém a quem tenham sido cedidas as credenciais necessárias para esse efeito.
As autoridades suspeitam também de que alguns documentos de identificação usados para poder votar não são genuínos, podendo ter sido criados de forma fraudulenta.
Segundo a publicação, os IP (identificação de um dispositivo numa rede) de onde foram realizadas as votações correspondem ao mesmo router de internet. A investigação aponta para a tese da criação de utilizadores falsos, o que consubstancia um crime de viciação de resultados. Para já, há quatro suspeitos de terem inserido informação não genuína na plataforma.
O processo foi desencadeado por uma denúncia sobre a viciação de resultados do Orçamento Participativo de Bragança.
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