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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mau Tempo no Canal - Vitorino Nemésio

Mau Tempo no Canal é um romance trabalhado desde 1939 e publicado em 1949. A acção decorre nas ilhas do Faial, Terceira, Pico e na ilha de São Jorge entre 1917 e 1919 e retrata a sociedade açoriana, mais concretamente, a sociedade estratificada da cidade da Horta, local onde decorre a intriga principal e onde Vitorino Nemésio se encontra nesta altura da sua vida.
O livro começa com um namoro entre Margarida, filha de uma família aristocrática à beira da falência, e João Garcia - filho de Januário, pequenos burgueses com talento para o negócio mas escorraçados pelos primeiros, os Clark/Dulmo.
O pai abusivo de Margarida, Diogo, propõe-lhe que case com o tio Roberto, que virá de Londres e que, rico ainda, poderá salvar da desgraça os fidalgos arruinados seus parentes. Entretanto, Januário, pai de João, congemina vinganças contra os Clark Dulmo que tanto o despeitaram...
Literalmente pelo meio, está o canal do título, o braço de mar que divide as ilhas do Faial e do Pico, que divide os proprietários e novos-ricos da Horta dos pobres, populares e simples baleeiros do Pico, com quem Margarida dialoga na mesma pronúncia, no mesmo sotaque, ao longo do romance.
Mau Tempo no Canal conta uma quantidade de histórias numa só, é uma trama que enreda uma série de sucedidos e cujo ponto de apoio mais evidente é a relação entre dois personagens, entre duas famílias e entre dois estratos sociais.
Os afectos, as paixões e os amores surgem-nos inteiros, frescos, intensos. Entramos no coração de uma menina de boas famílias, dividida entre o amor original de um rapaz de família indesejada e o dever de alianças com famílias de bem. Neste livro, respira-se a maresia, sofremos a melancolia do mar, a sensação de lonjura, de liberdade e esperança: a sensação de ser ilhéu.

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