Junto à aldeia da Póvoa, a distancia de 2 kilometros, no alto de um monte, ha um templo dedicado a Nossa Senhora do Nazo de construcção antiquíssima, ignorando-se por quem e quando se edificou.
A Padroeira, é objecto de grande devoção dos povos d’estes sitios, que lhe fazem muitas romagens annualmente, todas muito concorridas.
Segundo a lenda – um homem d’aqui, estava captivo em Argel, e, em uma noite que implorava à S. S. Virgem que o tirasse do captiveiro, appareceu na madrugada à porta d’este templo, ainda preso com os grilhões de ferro, que deixou por memoria, á Senhora.
Diz tambem a lenda, que este individuo se demorou alguns dias n’este logar, durante os ques abriu um pôço, que, a pequena profundidade, deu optima agua, que corre perennemente, tanto de inverno como de verão; o que é uma providencia para o povo, porque a freguezia é muito falta d’agua, sendo a maior parte da que ha, de cisternas ou reservatorios, mais ou menos rusticos.
Fonte:PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Portugal Antigo e Moderno Lisboa, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873] , p.Tomo VII, p. 604
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