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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Livro sobre Barroso da Fonte - 60 ANOS DE JORNALISMO DE CAUSAS E CASOS


António Dias Vieira, Coronel Reformado da GNR e João Pedro Miranda, filho de Barroso da Fonte, decidiram, em co-autoria, assinalar os 60 anos de escrita de (João) Barroso da Fonte com o lançamento do livro «60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos». A edição é da Editora Cidade Berço, com 255 páginas dividido em cinco capítulos e anexos e fotocópias dos seus artigos mais marcantes na imprensa, da correspondência mais relevante, dos vários prémios recebidos, das importantes funções que desempenhou e de muitas fotos em grandes e distintos momentos de uma longa carreira de escrita e jornalismo, dos muito relevantes desempenhos profissionais e dos louvores e condecorações.
O livro abre com a «Explicação Necessária» do punho de Barroso da Fonte em que faz uma síntese do seu percurso de vida, no dia do seu 74.º aniversário, como «o quarto de dez irmãos», filhos de agricultores do Barroso. Terminada a instrução primária fez-se à vida, frequentando o seminário de Vila Real, para abandonar passado anos, destacando-se como combatente no ex-Ultramar e como artífice da escrita. Escrita, que quanto a mim, foi influenciada pelos «nomes sonantes» de escritores trasmontanos da primeira metade do século XX. Refere que vê este «livro, espécie de sebenta de apontamentos autobiográficos», deixando uma resenha de causas e casos (doze), como a luta pela criação do Pólo da Universidade do Minho em Guimarães, a criação do Gabinete de Imprensa, o Monumento aos Combatentes do Ultramar, as várias polémicas por que deu a cara, sendo a mais relevante, o combate solitário e desigual travado contra interesses domésticos de Viseu, sobre o local do nascimento de D. Afonso Henriques, que tinham a anuência de gente sonora da Academia de História. Os mais creditados acabaram por lhe dar razão, porque na verdade histórica quando não há provas documentais seguras prevalece a tradição.
No capítulo «60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos» fala-se sobre o seu percurso de escrita e nos primeiros anos diz-nos que «É preciso amar as pedras», dos títulos mais sonantes por ele publicado, saindo até hoje mais de quarenta títulos da sua autoria e muitos, muitos artigos em revistas e jornais. Nesta longa actividade de escrita ainda possuiu o jornal «Poetas & Trovadores», que dá voz aos que não têm voz no elitista jardim da poesia.
Outro capítulo interessante toma o nome de «Testemunhos», onde constam algumas personalidades que escreveram sobre Barroso da Fonte, entre eles, Pinharanda Gomes, Amadeu Torres, José Viriato Capela, Mário Gonçalves Carneiro, Inocêncio Pereira e Altino Moreira Cardoso, bem como este vosso trabalhador de caneta. Há ainda alguns poemas de autores vários que lhe são dedicados.
Ler este livro é uma forma de conhecermos melhor este nosso distinto e ilustre trasmontano e barrosão. Barrosão que não tem sido, quanto a nós, devidamente reconhecido em Montalegre se o compararmos com outros, até em mordomias, dado que a sua vida tem sido um combate desapaixonado pelo Barroso e por Trás-os-Montes, pensando sempre na defesa da sua e nossa região. Se dúvidas houvesse, bastava ver a sua doação ao Município de Montalegre de grande e valioso espólio documental e artístico.
Entre os ilustres barrosões vivos não vejo nenhum com tanta vontade de dar o amealhado numa vida (como ele o fez, em prejuízo da própria família) e de servir, mesmo entre amigos, é sempre dos primeiros a puxar da carteira e ao pé dele cabem todos. Além disso, é o escritor barrosão com um mais longo e duro pelejar com a pena.
Endereço os meus parabéns ao Dias Vieira e ao João Pedro por este oportuno e interessante livro «60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos» que pode ser pedido à Editora Cidade Berço ( bf@ecb.hopto.org) ou para 253412319. Ao Barroso da Fonte felicito-o e desejo-lhe muitos e longos anos de escrita e que a sua voz lavrada nunca se canse de defender e lutar pelo nosso chão.

Jorge Lage
in:jornal.netbila.net

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