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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Igreja Matriz de Marzagão / Igreja de São João Baptista

Portugal, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Marzagão
Arquitectura religiosa, barroca e rococó. Igreja paroquial de planta longitudinal de nave única e capela-mor rectangulares, com frontispício em empena de lanços truncada por sineira de dois arcos, portal de verga abatida encimada por espelho vazado por óculo e interior com retábulos de talha dourada de estilo joanino e tectos de madeira formando caixotões.
Número IPA Antigo: PT010403090021
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal composta de nave única e capela-mor rectangulares, com sacristia também rectangular adossado a N.. Volumes escalonados, com coberturas diferenciadas em telhado de duas águas na igreja e de uma na sacristia. Fachadas em aparelho de silhares graníticos, cunhais encimados por fogaréus, apilastrados na nave e sacristia. Frontispício orientado, em empena de lanços truncada por sineira de dois arcos plenos, assente em cornija plana e rematada por cornija escalonada e curva, encimada por fogaréus e cruz central. Portal em arco abatido, ornado por molduras e sobrepujado por frontão de lanços formando espelho vazado por óculo quadrifoliado e encimado por cornija ondulada. Fachada N. com duas janelas na nave, uma em arco abatido, e porta na sacristia e a S. com duas janelas e uma porta na nave e uma janela na capela-mor, todas em arco abatido. Fachada posterior com uma janela na sacristia. 
No INTERIOR da nave, coro-alto com guarda-vento em madeira e 2 confessionários de madeira pintados. No lado do Evangelho, púlpito rectangular de base pétrea e guarda e escada de talha com apontamentos dourados. Dois retábulos colaterais, de igual tipologia em talha policroma, com intradorso do arco pintado, o do lado da Epístola integrando painel pintado e o do lado do Evangelho com imagem de Cristo atado à coluna. Lateralmente 2 retábulos, o do lado da Epístola em talha dourada e o do Evangelho em talha policroma, mas ambos com o frontal de altar em talha dourada e a face lateral pintada. Arco triunfal, pleno, sobre pilastras. 
Tecto de caixotões em madeira, de perfil curvo, pintado sobre o coro a azul e restantes 99 caixotões integrando cada um deles painel pintado com cenas da vida de Cristo, de Maria e santos do hagiólogo católica identificados por legenda. Na capela-mor, retábulo em talha dourada e policroma a azul e dourado, com imagens laterais de São João e Santo António e Cristo no amplo nicho central. O tecto é também de madeira e perfil curvo, com 45 caixotões integrando cada um deles painel pintado com figuração de santos do hagiólogo católico. Paredes rebocadas e pavimento em granito na capela-mor e madeira na nave.
Acessos
EN 632-1 (Carrazeda de Ansiães - Marzagão)
Protecção
Inexistente
Grau
2 - imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.
Enquadramento
Urbano e destacado, a E. de amplo largo que se desenvolve junto à via, enquadrado por casario tradicional e recente. Ergue-se isolado no interior de um adro murado com portão e escadaria frontal de cinco degraus. No interior do adro dois cipestres de grande porte encobrem parte do frontispício. O acesso foi empedrado e, antecedendo o portal, lajeado em granito. Em torno da igreja erguem-se catorze cruzeiros simples sobre base de secção rectangular e no ângulo NE. do adro pequeno edifício *1.
Descrição Complementar
Inscrição incorporada na parede da nave junto a porta lateral: "ESTA IGREJA TRESLADOUSE AQUI/ DA PRIMITIVA EXTRA MUROS/ DA VILLA DE ANCIAENS/ NO AN/ NO DE 1575 E REFORMOUSSE/ NO ANNO DE 1765 SENDO/ REITOR O DOUTOR ANTONIO/ DE SOUZA PINTO DA M(esm)A FREG(uesi)A."; Placa incorporada na parede da nave fronteira à anterior: "COMEMORAÇÃO/ 25 ANOS/ APÓS ULTIMA/ RECONSTRUÇÃO/ E BENÇÃO/ 08 SETEM(bro) 1968 20 AGOS(to) 1993". Na sacristia existe uma pedra tumular decorada e ostentando inscrição.
Utilização Inicial
Religiosa: igreja matriz
Utilização Actual
Religiosa: igreja matriz
Propriedade
Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 / 18
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1258 - referência nas Inquirições de Afonso III à Igreja de São João Baptista de Ansiães; teve fábrica românica e foi erguida extra-muros, em Ansiães, junto a uma necrópole de sepulturas escavadas na rocha e ao caminho de saída para N., de ligação a Marzagão e Selores (GOMES, 1993); 1320 / 1321 - referência à igreja de São João Baptista de Ansiães no Catálogo de todas as Igrejas..., nas Igrejas da Terra de Vilariça (ALMEIDA, 1971) ; 1530 - o numeramento refere apenas 35 moradores na Vila de Ansiães (GOMES, 1993) que se despovoava; 1575 - data em que se trasladou a cabeça da Comenda de São João Baptista da Ordem de Cristo para a Igreja de Marzagão, então já existente, segundo inscrição na nave; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa Marzagão é da Comenda de São João, com a sede em Marzagão, mas instituída na Capela de São João Baptista de Ansiães; é uma reitoria do padroado real e rende 80$000; a povoação tem 90 vizinhos; 1765 - data, segundo a mesma inscrição na nave, em que a igreja é reformada tomando a actual traça.
Características Particulares
Igreja de transição entre o barroco e o rococó com fachada principal truncada por dupla sineira de arco pleno, seguindo o esquema mais comum das igrejas coevas do distrito, só que em empena e formando lanços. Predominam as formas curvas, na decoração do espelho que encima o portal, cornijas e na própria empena. Interior com tectos de madeira em caixotões pintados com cenas da vida de Cristo, da Virgem e santos do hagiólogo católico. Retábulo lateral do lado da Epístola de talha dourada, de estilo joanino, e os colaterais, lateral do lado do Evangelho e o mor de talha policroma joaninos mas de transição para o rococó, com mesas de altar pintados, imitando tecidos estampados ou em talha dourada.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura de granito, vidro, madeira, talha dourada e policroma, telha.
Bibliografia
AGUILAR, José, Carrazeda de Ansiães e seu Termo, 1980; ALMEIDA, Fortunato de, História da Igreja em Portugal, vol. 4, Barcelos, 1971; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; GOMES, Paulo Dordio, Arqueologia das Vilas Urbanas de Trás-os-Montes e do Alto Douro. A reorganização do povoamento e dos territórios na Baixa Idade Média (sécs. XII - XV), Porto, FLUP, 1993.
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
1968 - reconstrução da igreja conforme inscrição comemorativa sobre os 25 anos desta obra e sua benção.
Observações
Na sacristia mostram-se fotografias dos trabalhos de reconstrução da década de 1960, sendo visíveis sineira, telhado e tectos integralmente apeados. A NE da Igreja ergue-se um pequeno edifício de um só registo que foi designado como Museu de Arte Sacra.
Autor e Data
Alexandra Cerveira 1999

in:monumentos.pt

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