terça-feira, 4 de março de 2014

“Não consegui ganhar a luta dos tribunais”

José Silvano admite a derrota na luta contra o encerramento de tribunais no distrito de Bragança.
O presidente da distrital de Bragança do PSD assegura que tentou convencer o governo da importância de manter as comarcas em Vinhais, Alfândega da Fé, Vimioso, Miranda do Douro e Carrazeda de Ansiães, mas sem sucesso. “Eu como presidente da distrital assumo que não consegui ganhar a luta dos tribunais”, admite.
José Silvano foi interpelado por Jorge Gomes sobre a falta de acção dos eleitos e das estruturas locais do partido social-democrata em relação aos tribunais. “Nós temos que falar disto como uma falta de interesse político e uma falta de dedicação dos deputados do PSD e também da estrutura do PSD local e distrital, que não impõe regras ao Primeiro-Ministro”, atira o presidente da distrital do PS.
O representante distrital do PSD garante que “as estruturas locais estão contra esta medida e disseram-no ao governo”.
Em relação à providência cautelar anunciada pelos autarcas para travar o encerramento e desclassificação de tribunais, José Silvano entende que “é mais uma acção para ganhar tempo”, uma vez que o governo já tomou a decisão, que irá agora ser votada na Assembleia da República.
Ainda na senda das providências cautelares, surge a questão de as obras da barragem de Veiguinhas terem sido paradas na sequência de uma providência movida pela Quercus, segundo anunciou a associação ambientalista. Jorge Gomes mostra-se preocupado e diz mesmo que “é um problema, porque Veiguinhas ia resolver o problema do abastecimento de água a Bragança”.
Já José Silvano alerta para os custos acrescidos motivados por providências cautelares. “Quando têm razão, têm razão, mas quando não têm, também deviam ser responsabilizados pelos prejuízos que causam por estas decisões serem falhadas”, realça o social-democrata.
Em relação ao IP2 até à Puebla de Sanábria, Jorge Gomes constata que não há garantia da requalificação rodoviária do lado espanhol. “Não vale a pena construirmos aqui estradas que depois não têm saída”, defende.
Por seu lado, José Silvano diz que entende as pretensões dos autarcas, mas considera que em tempos de dificuldades só haverá dinheiro para obras estruturais, como é o caso do Túnel do Marão.

in:jornalnordeste.com

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