Um bombeiro da cooperação de Miranda do Douro, de 32 anos, continua internado no Hospital da Prelada com "prognóstico reservado" depois de queimado num incêndio nos Cortiços, Macedo de Cavaleiros, no passado dia 16.
No combate ao fogo, uma viatura da mesma cooperação foi consumida pelas chamas.
"Dada a especulação em torno das circunstâncias em que decorreu o acidente e que poderá pôr em causa a operacionalidade e credibilidade técnica e operacional dos bombeiros de Miranda do Douro e do distrito de Bragança, entendemos emitir um comunicado no qual depositamos total confiança nas corporações de bombeiros em causa", disse hoje à Lusa o responsável pela LBP, Jaime Marta Soares.
No comunicado, a LBP afirma "de forma clara, inequívoca e perentória", a sua "total confiança na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, no seu comando e corpo ativo".
A "confiança" demostrada pela Liga é extensível a todas a associações e corpos de bombeiros do distrito de Bragança pelo bom trabalho produzido por todas as associações e corpos de bombeiros do distrito de Bragança, incluindo a sua federação distrital de bombeiros.
Este comunicado "é esclarecedor" e nele "é reiterada" a confiança nas práticas dos bombeiros "não só de Miranda do Douro, mas também de todo distrito de Bragança, pela forma competente, profissional e organizada pela como têm vindo a atuar nos diferentes teatros de operações ", frisou.
Esperam-se, entretanto, as conclusões de um inquérito ao sucedido no incêndio dos Cortiços.
"Se efetivamente houver situações" onde se evidencie "menos capacidade de intervenção ou situações que não foram tão corretas como deveria ter sido, as mesmas são passíveis de análise e correção", referiu, a esse propósito, Jaime Marta Soares.
Quando confrontada com o facto de este ter sido o segundo acidente grave no espaço de um ano a envolver bombeiros de Miranda do Douro, a resposta do presidente da LBP foi perentória: "são situações que acontecem igualmente em outras partes do mundo desde o Chile aos Estados Unidos, passando pela Austrália".
No que toca à distribuição dos novos equipamentos de proteção individual, Marta Soares, disse que "há uma distração grosseira e grave" por parte das comunidades intermunicipais, entidades que estão reesposáveis pela distribuição dos equipamentos desde março do ano passado são as entidades responsáveis pela abertura dos concursos e para a entrega do 50% do material.
"Neste momento não existem equipamento nos corpos de bombeiros com as novas características técnicas exigidas", observou.
Lusa
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