António Branco recorda o caso do contrato de delegação de competências celebrado com o Ministério da Educação, e que foi rescindido pelo município no ano passado, apontando-o como um exemplo desvantajoso.
“Em Mirandela, fizémos um contracto de delegação de competências na área da educação, em 2008, encerramos 42 escolas e hoje ainda não conseguimos resolver os problemas das instalações dos alunos. Então para que nos serviu o contracto? Foi apenas para onerar a Câmara Municipal em custos de transportes, refeições e instalações degradadas”, sustenta o autarca.
O presidente do município defende, no entanto, que as Comunidades Intermunicipais devem ter um papel central na elaboração de um projecto educativo, delineado de acordo com as necessidades regionais. “Devíamos pensar na coordenação, como da oferta formativa profissional. Era por aí que devíamos começar, um projecto educativo intermunicipal que definisse a estratégia para a região”, afirma António Branco.
Ideias defendidas ontem, em Mirandela, durante o segundo workshop da iniciativa Interior 2.0, que discutiu o tema da educação.
No debate, Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Bragança destacou a desigualdade de financiamento entre instituições de ensino superior do litoral e do interior. “O efeito económico que tem a existência de ensino superior no interior no desenvolvimento do interior gera muito mais riqueza por cada euro que se investe do que no litoral. No interior, o valor é de entre quatro a quatro euros e meio de retorno por cada euro investido e no litoral anda entre os 1.5 e 1.7 euros”, explica o responsável da instituição de ensino. Durante o workshop foi ainda destacado o papel do IPB na atracção e fixação de população.
Segundo dados revelados pela instituição, o Instituto Politécnico de Bragança representa hoje mais de 11 por cento do PIB do distrito.
Escrito por Brigantia
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