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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 23 de abril de 2017

Armando Vara: Caixa geral de robalos

Acusado de vestir a pele de Vale do Lobo com dois milhões em contrapartidas, está encalhado mas ainda não o afundaram.
Deu emprego a gente que não conhecia. Quando tinha poder, ui, garante um antigo ministro, fez subir desafortunados. Agora, aos 63 anos está, aos olhos de uma ex-assessora, como certos barcos: encalhado: "Não é maçom e não é da Opus Dei". É benfiquista. E competente e veloz na decisão. 
Entre pensar e agir, prefere fazer. Goste-se ou não do ex-bancário que chegou a banqueiro, as virtudes de um prestes condenado não podem ser afundadas, alerta um social-democrata. As consequências da frontalidade são construir amizades com facilidade e fazer inimigos a igual velocidade. Adora motas de alta cilindrada, discrição, boa comida e é, segundo um conhecido socialista, namoradeiro, tendo vasto currículo. 
Divorciado, viu subir para três a descendência na hora em que a António Morais lhe cheirou a esturro a gravidez da ex-companheira. Pouco tempo após o nascimento da pequena Leonor, um teste de ADN feito em segredo daria razão ao professor de José Sócrates. 
Em tribunal, conta-se, Armando Vara pediu contraprova à prova dos nove de vínculo biológico. Em vão; a ciência dir-lhe-ia de novo de que não havia dúvidas quanto à paternidade da filha de Ana Simões. O pai era ele, o confrade do Porco Bísaro e do Fumeiro de Vinhais que aceitara uma caixa de robalos do senhor Godinho. Que lhe tenha feito bom proveito, adianta um histórico do Largo do Rato. 
Não é o peixe que o sentencia a um punho de anos na cadeia. São os 25 quilómetros caçados na escuta. Quem trabalhou com Vara no Governo de Guterres tem uma teoria sobre a impossibilidade da quilometragem ser em euros: "Até se ofendia com essa quantia!".

DE LAGARELHOS AO BCP

Na Operação Marquês o valor engrossou; dois milhões de euros de alegadas contrapartidas pelo ámen ao obeso financiamento da Caixa Geral de Depósitos a Vale do Lobo. A filha mais velha, Bárbara, que trata da imagem de Cristiano Ronaldo, é também arguida por ser co-proprietária de uma offshore que terá recebido um milhão de euros de uma outra offshore de Joaquim Barroca, "Não se sente bem com o facto", diz uma amiga. Habituado a salários de salto alto, Armando António Martins Vara provém de origem humilde. 
Filho de marceneiro e de doméstica, a família, onde se incluem duas irmãs - uma delas é florista - saiu da aldeia Lagarelhos em direcção a Vinhais, e depois Bragança. Aos 11 anos já trabalhava. 
Foi caixeiro numa sapataria e num pronto-a-vestir. Mais tarde, ocupar-se-ia da contabilidade de oficinas de automóveis. No início da década de 80, entra para a dependência da Caixa Geral de Depósitos em Mogadouro, através de um concurso. Nem a vidente mais encartada adivinharia que no raiar de 2000 chegaria à administração. E que ainda seria o manda-chuva do BCP que um dia foi de Jardim Gonçalves. O caminho fê-lo através do PS, ou dos conhecimentos que daí adviriam.

Miriam Assor
Correio da Manhã

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