Recolocar Guerra Junqueiro numa posição central do contexto da leitura foi um dos objectivos do Freixo festival Internacional de Literatura que terminou sábado e decorreu durante três dias, levando até à vila transmontana escritores e investigadores reconhecidos.
Um dos ecos que saiu desta iniciativa foi a reivindicação de que a obra do poeta de Freixo de Espada à Cinta possa regressar aos programas escolares e fazer parte do plano nacional de leitura.
Isso mesmo defendeu Manuel Alegre, o primeiro laureado com o prémio literário Guerra Junqueiro, que considera “uma honra e uma satisfação”. “Mas o mais importante deste festival é ter relançado a figura de Guerra Junqueiro e ter como objectivo o relançamento da sua obra, colocá-lo no plano nacional de leitura e fazer com que volte a ser lido. Guerra Junqueiro foi o poeta mais lido e mais popular do seu tempo mas tanto ele como alguns grandes clássicos estão um pouco esquecidos ou fora dos programas escolares ou das livrarias”, frisou o escritor.
Já Fernando Pinto do Amaral, professor de literatura e representante do ministério da Cultura no evento, considera que Guerra Junqueiro não é um autor esquecido, no entanto, entende que poderia ser mais divulgado através da reedição da obra. Quanto ao festival de literatura, louva a iniciativa que foi uma forma de descentralizar a cultura.
“Acarinho muito este género de iniciativas e em geral considero que é necessário descentralizar a cultura, temos cultura com alto nível mas ela tem tendência a chegar com dificuldade a certas zonas do interior. Realizar um festival destes em Freixo de Espada à Cinta é um acto de grande visão, coragem e de ousadia”, sublinhou.
A presidente do município de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, faz um balanço positivo da iniciativa que foi muito participada.
“Foi um sucesso mesmo, era aquilo que queria que fosse e concretizou-se. Estou muito satisfeita, as pessoas aderiram”, referiu.
O festival e o prémio literário Guerra Junqueiro são para continuar, garantiu a autarca.
A iniciativa contou com conferências, apresentações de livros, uma feira do livro e a presença de cerca de 100 alunos de escolas de localidades por onde Guerra Junqueiro passou como Salamanca, Macedo de Cavaleiros, Viana do Castelo e da Suíça, para além da de Freixo, que apresentaram trabalhos de arte pública.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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