Natural das Aguieiras, concelho de Mirandela, general de cavalaria, nasceu em 1801 e faleceu em Moncorvo em 1864. Era filho de Miguel Pires Doutel de Figueiredo e de D. Maria Josefa de Almeida, de Bragança. Esteve no cerco do Porto e fez todas as campanhas constitucionais e em 1847 no combate da ponte de Mirandela contra os patuleias. Em 1861 foi nomeado comandante da guarda municipal do Porto. Era condecorado com o hábito de Avis, medalha de Torre e Espada, ordem de Cristo e medalha das nove campanhas da Liberdade. Casou em Moncorvo com D. Maria José do Espírito Santo de Torres Portocarreiro, filha de Joaquim José Torres Portocarreiro e de D. Maria Bernardina Pinto. Tiveram:
1.º – Bernardo Doutel de Figueiredo Sarmento, já falecido, doutor em direito pela Universidade de Coimbra, que casou com D. Teresa Salgado de Negrão, de Felgar. Sem descendência.
2.º – D. Maria Miquelina Doutel de Figueiredo Sarmento, já falecida, que casou com António Augusto de Sampaio e Melo, de Moncorvo.
Tiveram:
I – Manuel Doutel de Figueiredo Sarmento, já falecido, que casou com D. Josefa de Macedo Gouveia e Vasconcelos. Tem sete filhos.
Em Bragança, na antiga rua da Carreira ou da Corredoura (aparece com estes dois nomes), também em certo tempo chamada rua do Espírito Santo, depois de Trás e agora rua do conselheiro Abílio Beça, ficam as casas grandes de que falámos no tomo I, pág. 338, nº 14, destas Memórias, pertencentes hoje, por compra, ao professor do liceu Daniel Rodrigues (ver pág. 453) e na verga da porta do quintal que deita para a Estacada há um escudo com as armas dos Doutéis. Esta casa tem aspecto de ser obra do século XIX, provável reconstrução da primitiva vivenda daquela família, já feita por estranhos, pois de outra forma não se compreende que fossem colocar o escudo na padieira da porta do quintal voltado para dentro do mesmo em vez de ser para a rua.
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
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