Parque Natural Regional do Vale do Tua vai testar método pioneiro em Portugal para reflorestar áreas ardidas

O Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) vai testar um novo método de florestação, utilizando novas árvores “plantadas num recipiente “feito a partir de pasta de papel reciclado, desenhado especificamente com o intuito de reduzir o desperdício de água e aumentar a taxa de sobrevivência das plantas” disseram à lusa os responsáveis por este novo projeto.

As áreas ardidas durante o passado verão na área PNRVT vão ser reflorestadas com árvores mais resistentes à seca. Trata-se de um nova metodologia importada da Holanda e que vai ser testada pela primeira vez no nosso país nas áreas ardidas do Parque Natural Regional do Vale do Tua. 

A experiência será realizada em cerca de 60 hectares da microrreserva do rio Tinhela, nos concelhos de Murça e Alijó. Com este novo método, dizem os especialistas responsáveis pelo projeto, “será garantida uma maior taxa de sobrevivência às espécies replantadas e combater as dificuldades sentidas em zonas áridas”. 

A alteração reside na forma como as árvores são colocadas no solo. “Trata-se de um recipiente, feito a partir de pasta de papel reciclado, desenhado especificamente com o intuito de reduzir o desperdício de água e aumentar a taxa de sobrevivência das plantas. O objetivo é permitir a germinação e cultivo sustentável, a nível económico e sobretudo hídrico, em zonas áridas ou afetadas por secas, por todo o país”, explicou Pedro Leote, citado pela Agência Lusa. 

O biólogo, que coordena este projeto pioneiro em Portugal, explicou ainda que esse “recipiente vai ser introduzido no solo juntamente com a planta, permitindo que a sua raiz cresça livremente e sem ter nenhum efeito poluidor do solo”. 

Em breve serão também iniciados os trabalhos com vista à estabilização das vertentes ardidas com o objetivo de reduzir a erosão dos solos, que poderão constituir um problema de poluição para a albufeira do Tua.

in:noticiasdonordeste.pt