Desde dia 8 de janeiro que aquela turma sem aulas de História por baixa médica da professora, que apesar das várias tentativas por parte da direção, ainda não foi substituída.
Em março, o Diretor da Escola garantiu aos pais que as aulas em falta iriam ser compensadas no 3º período altura em que esperava ter a situação resolvida.
Pois bem, as aulas arrancaram esta semana e os 16 alunos, sujeitos a exame nacional à disciplina dentro de poucos meses, continuam sem professor.
Os pais não se conformam com a situação, e por isso já uma carta endereçada ao Ministro da Educação, Secretário de Estado e Adjunto, a mostrar a indignação perante a morosidade em recolocar um professor, como conta Carlos Batista, Presidente dos Pais e Encarregados de Educação.
“Nós, Associação de Pais, sentimos-nos na obrigação de dar seguimento e de encaminhar da melhor forma as reclamações que nos chegam. Tentamos perceber, perante a Direção da Escola, qual a melhor resolução para o problema e também fizemos chegar uma comunicação ao Ministro da Educação, ao Secretário de Estado e Ajunto, para que possamos resolver de todo e de uma forma célere e urgente esta situação. É um problema pois são alunos do 12º ano e, dentro de pouco mais de dois meses e meio, vão ser submetidos a um exame nacional. É uma disciplina âncora para a área em que estão, Humanidades, e é também uma disciplina que irá ser avaliada e serve como prova específica para o ingresso no ensino superior.”
Uma situação que está a preocupar os pais e a desmotivar os alunos, até porque, mesmo que a reposição de professor venha a ser feita, vão ser prejudicados na avaliação final.
“É uma situação que nos deixa muito preocupados pois estamos a falar de exames a uma disciplina que conta para a média. Porque se não têm aulas, não têm avaliação nem cotação. Vai mexer com o exame nacional em que a prova é igual para qualquer aluno, mas com a agravante de que os nossos não tiveram História e vão ser avaliados da mesma forma que o aluno do Algarve que teve essa disciplina durante todo o ano, o que nos preocupa. Já se nota nos alunos uma desmotivação completa, não só pela disciplina de História, mas como para a descredibilização de todo um sistema de ensino que está implementado neste momento. “
E se a solução não for encontra em breve, os pais vão pensar em partir para outras formas de manifesto.
“Se a solução não aparecer provavelmente vamos tomar outras providências, porque nós, enquanto pais e enquanto associação de pais não gostaríamos de seguir por outras formas de luta e de mostrar o desagrado. Não gostaríamos de ir por aí, mas, caso seja necessário, iremos pensar noutras formas de chamar atenção sobre o problema, claro que sim.
Ainda não sabemos quais mas depois logo se vê.”
Apesar de várias tentativas, não conseguimos contactar o Diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, Paulo Dias.
Além destes 16 alunos sujeitos a exame nacional de História a menos de 3 meses, no total são cerca de 60 os alunos prejudicados por esta falta de professor.
Um assunto que vamos continuar a desenvolver.
Escrito por ONDA LIVRE
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