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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

CASAMENTOS


Como antigamente demoravam os namoros, ou porque não havia meios de transporte, pois vinham os namorados só ao domingo a pé ou a cavalo, tudo corria lentamente.
Menos de dois ou três anos, não se realizava o casamento.
As raparigas iam a um silvado. Amarravam uma silva. Prendiam-na na ponta, para engrossar, em forma de arco. Servia para depois enfeitar com flores, verduras, fitas e laços. Iam a casa do noivo buscá-lo com o arco. À saída diziam-lhe loas:


Do tempo de solteira
Não se há-de lembrar,
Pois o senhor fulano
Há-de sabê-la estimar.

A noiva ia para a igreja debaixo do arco, com o padrinho ou o pai. Ia um homem com uma espingarda, que aguardava à saída da igreja o fim da cerimónia. À saída diziam mais loas à noiva:


Aqui tem este raminho
Abanadinho do vento.
Se o queria mais florido,
Casara-se noutro tempo.
Ó senhora Maria Amaral
Dá boas tábuas
Para fazer uma espadela.

RECOLHA (1985) de Hermínia Trigo, Ferradosa – Alfândega da Fé.

FICHA TÉCNICA:
Título: CANCIONEIRO TRANSMONTANO 2005
Autor do projecto: CHRYS CHRYSTELLO
Fotografia e design: LUÍS CANOTILHO
Pintura: HELENA CANOTILHO (capa e início dos capítulos)
Edição: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BRAGANÇA
Recolha de textos 2005: EDUARDO ALVES E SANDRA ROCHA
Recolha de textos 1985: BELARMINO AUGUSTO AFONSO
Na edição de 1985: ilustrações de José Amaro
Edição de 1985: DELEGAÇÃO DA JUNTA CENTRAL DAS CASAS DO POVO DE
BRAGANÇA, ELEUTÉRIO ALVES e NARCISO GOMES
Transcrição musical 1985: ALBERTO ANÍBAL FERREIRA
Iimpressão e acabamento: ROCHA ARTES GRÁFICAS, V. N. GAIA

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