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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Idosos que vivem nas aldeias continuam a cuidar da horta mas com outros cuidados

Nas aldeias transmontanas, a pandemia Covid-19 trouxe muitas alterações e preocupações, mas as rotinas não mudaram radicalmente.
Os cuidados são maiores para que a doença não chegue até porque a população é maioritariamente idosa, mas as pessoas continuam a realizar os trabalhos agrícolas.

Lurdes Ermida, de 72 anos mora em Paradinha Nova, no concelho de Bragança, com o marido de 81. Garante que tem cuidado e evita o contacto com os vizinhos e até com os familiares, mas não deixa de ir para o campo, apesar de lamentar as mudanças.

“Nós aqui na aldeia fazemos a nossa vida normal. Eu e o meu marido vamos aos olivais, à vinha, vamos tratar de todas as coisas do campo. Saímos os dois mas não nos juntamos com mais ninguém. As coisas mudaram, porque nós tínhamos a filha, o genro e as netas que vinham sempre almoçar connosco ao domingo e agora isso acabou”, contou.

Lurdes Ermida preveniu-se atempadamente com bens essenciais e passou mesmo a não sair da aldeia. “Quando se começou a dar isto eu abasteci-me, fui a Bragança e trouxe medicamentos e tudo”.

Isabel Santos, de 76 anos, mora perto de Torre de Dona Chama e também evita sair de casa, a não ser para o quintal. Tem recursos em casa e nem precisa de recorrer ao padeiro.

Já Arminda Machado mora na Quinta da Seara, às portas de Bragança, mas há várias semanas que não vai à cidade, tendo comprado o que precisava antes. Cuida também da horta e dos animais, que acaba por ser uma forma de passar o tempo.

“Tenho frangos, galinhas, pombos e vou-me entretendo e vou tratando a horta. Quando me aborreço faço renda, faço limpeza, arrumo, bordo, há sempre que fazer. Telefono também aos amigos e falamos uns com os outros”, relatou.

A preocupação da proximidade de casos levou-a mesmo a reforçar as precauções.

A vida continua com algumas interrupções na rotina habitual, mas com outra liberdade nas aldeias.
Escritos por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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