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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Cartazes do Cine-Teatro-Camões de Bragança


Ao cinema atribuiu-se o título de Sétima Arte, uma designação dada pelo Italiano Ricciotto Canudo na obra Manifesto das Sete Artes, em 1912. A palavra cinema pode ser definida como movimento gravado, pois trata-se de uma abreviação de cinematógrafo. O termo “cine”, de origem grega, significa movimento, e o sufixo “ágrafo”, tem significado de gravar. As produções cinematográficas exercem forte influência sobre as emoções humanas, levando milhares de pessoas aos cinemas, produzindo uma panóplia de sentimentos dispares na diversidade de universos, bem como no reencontro com o a intimidade do “eu” num espelho de vidas. Em 1895, Paris teve a primeira sessão pública de cinema, que foi organizada pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. Utilizando um aparelho chamado de cinematógrafo, imagens em movimento foram projetadas em um telão para cerca de 30 espetadores. Assim, o documento do mês, destaca cartazes, do fundo do Governo Civil de bragança, do período de 1945 – 1946, visados na íntegra pelo Delegado da Inspeção de Espetáculos, de filmes projetados na primeira sala de Cinema e Teatro de Bragança – o Cine-Teatro-Camões.

O Cine-Teatro-Camões, tem na sua génese na Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança nasceu, por iniciativa de 14 artistas (operários especializados), a 14 de maio de 1865, na sala do despacho da ordem Terceira de São Francisco, sob a presidência de João Baptista Louzada. Esta foi constituída, cinco anos depois, a 17 de março, tendo como objetivo organizar uma companhia dramática.

Os primeiros estatutos datam de 24 de janeiro de 1869 e foram redigidos pelo Dr. Emídio Garcia. Segundo os estatutos a Associação era constituída por todos os indivíduos da “classe artística” com domicílio em Bragança e tinha como principio, assegurar o mútuo auxílio nos casos em que tal fosse necessário. Os sócios eram obrigados a um bom comportamento moral, civil e religioso.

Foram várias as iniciativas levadas a cabo por esta associação, entre elas conta-se a tentativa de criar uma escola para operários, a realização de ciclos de conferências e a construção do Cine-Teatro-Camões.

Esta Associação teve a sua sede inicial numa das salas do despacho da ordem Franciscana, depois, tendo arrendado uma casa, muda-se para a rua de São Francisco e, finalmente, decide fazer uma sede de raiz que, inicialmente, foi na Rua da Estacada (hoje o patronato de Santo António) e, por fim, na Praça Camões, casa que, ainda hoje, é a sede desta Associação.

Atualmente é uma instituição particular de solidariedade social, que conserva o nome de origem, e que realiza ações de combate à exclusão social e de luta contra a pobreza há 151 anos.

Com estes cartazes, pretende-se reconhecer e valorizar uma instituição de grande relevo da nossa cidade: O Cine-Teatro-Camões e a tomada de consciência do seu papel formativo e cultural veiculado pela mesma, enquanto produto e produtora do ser humano, permitindo a descoberta de novos modos de «ver» a realidade mediante a transfiguração do dado.

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança







Fonte: Arquivo Distrital de Bragança

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