sexta-feira, 25 de março de 2022

Provérbios e ditados populares sobre medicina caseira

 
Provérbios sobre medicina caseira

Uma listagem, muito interessante, de provérbios e ditados populares sobre a “medicina caseira”, e que foram passando de geração em geração, até aos nossos dias:

» Quem come a correr, do estômago vem a sofrer.

» Ao comer, nem um sobrescrito ler.

» Depois de comer, nem uma letra ler.

» Quem em Maio não merenda à morte se encomenda.

» Depois de jantar e depois de cear, passear.

» Quem ceia e logo se vai deitar má noite há-de passar.

» A ceia quer-se sem sal, sem luz e sem moscas.

» Quem bem ceia bem dorme.

» Ceia pouco: dormirás como um louco.

» Lombrigas e largas ceias têm as sepulturas cheias.

» Ao que demais come abre-lhe o garfo a cova.

» Se és velho e comilão, prepara o teu caixão

» Mais mata a gula que a espada.

» Quem come pouco aproveita muito.

» Come como são e bebe como doente.

» Conforme comemos, assim vivemos.

» Come bem e folga: terás vida longa.

» Não comas cru nem andes com o pé nu.

» Não comas quente: não perderás o dente.

» O peixe deve nadar três vezes: na água, no molho e no vinho.

» Peixe de Maio a quem o pedir dai-o.

» Pão tremês nem o comas nem o dês.

» Sável em Maio: maleitas todo o ano.

» Pão quente e vinho novo: homem morto.

» Sardinha em Abril: vê-la e deixá-la ir.

» Pão quente: muito na mão e pouco no ventre.

» Em Agosto, nem sardinhas nem mosto.

» Por S. Silvestre, bacalhau é peste.» Pão quente: nem a são nem a doente.

» Pão de ontem, carne de hoje e vinho do outro Verão fazem o homem são.

Sugestão: Provérbios relacionados com o vinho | Trás-os-Montes e Alto Douro

Outros provérbios sobre “medicina caseira”

» Comer até enfermar: jejuar até sarar.

» Come caldo, vive no alto, anda quente e viverás longamente.

» Quem com águas se cura pouco dura.

» Água fervida prolonga a vida.

» Onde sobeja a água, falta a saúde.

» Água gelada e pão quente fazem mal ao ventre.

» No Verão, torneira; no Inverno, padeira.

» Com caracóis e figos lampos, não bebas água.

» Malvas e água fria fazem um boticário num dia.

» A quem Deus quer dar a vida, água da fonte é mezinha.

» Não comas caldo de nabos nem o dês aos teus criados.

» Vinho turvo, figos verdes e pão quente são inimigos da gente.

» Um dia frio e outro quente põem o homem doente.

» Vinho verde em Janeiro é mortalha no telheiro.

» Vinho com melancia traz azia.

» Casa onde não entra o sol entra o médico.

» Vinho com melancia dá pneumonia. e bom cavalo.

» Se tens casa húmida, abre conta na botica.

» Tabaco e aguardente transformam o são em doente.

» Noite perdida nunca é restituída.

» Alho e limão são meio cirurgião.

» Laranja, antes do Natal, livra de catarral.

» Se queres teu homem morto, dá-lhe pepinos (ou couves) em Agosto.

» Mais vale romper sapatos que lençóis.

» Contra os maus humores, grandes suores.

» O braço quer peito, a perna leito.

» Quem sofre de coração não tome banho suão.

» Livra-te dos ares, que eu te livrarei dos males.

» Mordedura de cão cura-se com o pêlo do mesmo cão.

Ainda mais ditados populares sobre “medicina caseira”

» Leitão e ovos, dos velhos fazem novos.

» Vai-se o mal, comendo ovos sem sal.

» Quem bem urina dispensa medicina.

» Fora de horas urinar, sinal de enfermar.

» Vida regrada, vida prolongada.

» Vida desregrada, velhice pesada.

» Comidas apimentadas: borbulhas às carradas.

» A doença e a dor conhecem-se pela cor.

» Doença bem tratada é pouco prolongada.

» Quem bem se cura muito dura.

» Quem bem se cura não se regala.

» O que arde cura.

» Para grandes males grandes remédios.

» Mais cura a dieta que a lanceta.

» Mal que não tem cura é a velhice e a loucura.

» Pior é ter mau médico do que estar enfermo.

» A doença é o celeiro do médico.

» Deus é que cura e os médicos é que recebem o dinheiro.

» Quem tem doença abra a bolsa e tenha paciência.

» Quem quiser morrer de velho siga este conselho: casar tarde, enviuvar cedo, fugir do salgado e do azedo.

» Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

» Feridas de ternura quem as faz também as cura.

» Quando o mal é de morte, o remédio é morrer.

» Mel, se o achaste, come o que baste.

» Dores, com pão, depressa se vão.

» Come pão, bebe água e viverás sem mágoa.

» Debaixo da nogueira, não faças cabeceira.

» Come queijo de ovelha, manteiga de vaca e leite de cabra.

» Para ter saúde, pouca cama, pouco prato e muito sapato.

Fonte: “Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro” – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999 | Imagem de Peter H

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