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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de março de 2022

…da guerra… ou do Apocalipse

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

O Apocalipse cumpre-se todos os dias neste périplo desgraçado da humanidade ao longo de um devir histórico penoso e cheio de contrariedades. 
Entretanto os Católicos espalhados pelo mundo entregam-se nas mãos redentoras de Cristo, num combate perene à filosofia satânica e cabalística. 
Os Muçulmanos, fiéis ao Alcorão revêem-se na mensagem do Profeta e na luta contra o Ocidente infiel e fonte de todo o mal. 
Os Budistas continuam o longo percurso das múltiplas reencarnações até alcançarem a iluminação, o Nirvana onde termina este penoso percurso do regresso à vida e começa a felicidade e a harmonia eterna. 
Os Maçons continuarão para todo o sempre a bater maçonicamente à porta do Templo e a encerrar os seus trabalhos à meia-noite em ponto, esperando que a sociedade caminhe para a igualdade, liberdade e fraternidade. 
A Opus Dei nas pegadas de São Josemaria Escrivá de Balaguer percorre, numa ortodoxia discreta, o caminho da santidade numa aposta clara no trabalho e no sofrimento. 
Os Templários fazem-se caminho na demanda do Santo Graal e da vida eterna, num incómodo contemporâneo com o Código Da Vinci. 
Os Judeus pacientemente esperam a chegada do Messias anunciado por Profetas antiquíssimos. 
E perante tudo isto, Deus olha a humanidade na sua diversidade, na sua alteridade, mas com objetivos comuns, de ultrapassar a precariedade humana e conquistar a eternidade seguindo por caminhos diversos. 
 Mas sem dúvida a “Besta” anda à solta para nosso desassossego e manifesta-se em guerras violentas, em confrontos, nos conflitos étnicos e internacionais, na ameaça permanente da destruição nuclear, na ignorância dos Governantes, na corrupção dos poderosos, na violência… enfim, paremos por aqui… pois a “Besta” é enorme e infindável… e a dor e desespero da imensidão dos refugiados é um grito lancinante e medonho que brada aos céus…
Terminei…está um dia cinzento…um frio de morte entrou pela janela à mistura com esta chuva miudinha de março. Foi a "Besta" que passou…neste crescer apocalíptico que dói, enquanto nós pouco fazemos para resistir à bestialidade mortífera que compromete, até ao final dos tempos, o futuro do Planeta e a dignidade humana.

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

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