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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 18 de março de 2022

Treze museus uniram-se na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea

 Rede Portuguesa de Arte Contemporânea – Norte, composta por 13 museus, foi hoje apresentada em Lisboa, constituindo-se como a primeira a integrar a rede nacional, criada no ano passado para promover sinergias entre instituições dispersas pelo país.


A RPAC – Norte (Rede Portuguesa de Arte Contemporânea) é uma iniciativa promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte, com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal, e cofinanciada por fundos comunitários, que envolve 11 cidades a norte do país: Amarante, Bragança, Chaves, Gondomar, Guimarães, Matosinhos, Porto, Santo Tirso, São João da Madeira, Vila Nova de Cerveira e Vila Nova de Famalicão.

O objetivo desta iniciativa é promover turisticamente as regiões do Porto, Douro, Minho e Trás-os-Montes, afirmou a diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro, durante a apresentação da RPAC – Norte, que decorreu na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

Ao todo são 13 os museus e centros de arte e de arquitetura contemporâneas na região Norte que atualmente constituem a RPAC – Norte e que vão dar a conhecer mais de 11 mil obras de arte, disponíveis naquelas cidades.

A Casa da Arquitectura, a Casa do Design, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, o Centro de Arte Oliva, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, a Fundação Cupertino de Miranda, a Fundação Serralves, a Fundação Marques da Silva, o Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende, o Museu Bienal de Cerveira, o Museu de Arte Contemporânea de Chaves – Nadir Afonso, o Museu Internacional de Escultura Contemporânea e o Museu Municipal Amadeo Souza-Cardoso, são as 13 entidades envolvidas nesta rede.

Trata-se de instituições integradas em “edifícios icónicos do ponto de vista arquitetónico”, disse a responsável, acrescentando que normalmente quem procura aquelas obras de arte contemporânea ou visita as instituições pelo edifício arquitetónico é um “público informado”.

A intenção é que tenham um “programa cultural, que possa chegar a mais gente, para alargar o público que pode chegar a estes lugares”, afirmou Laura Castro, dando como exemplo a possibilidade de o público de um festival que decorra naquela região ter acesso a informação sobre “estes edifícios ou programas que podem complementar a visita”.

“Sempre esteve no nosso horizonte organizar roteiros ou percursos turísticos”, acrescentou.

A RPAC – Norte foi a primeira de um projeto mais amplo, de uma rede a nível nacional (a RPAC), que “constitua uma plataforma de referência na arte contemporânea portuguesa”, explicou o diretor geral das Artes, Américo Rodrigues.

Esta rede tem na génese o interesse em estimular e promover a arte contemporânea, através da criação de sinergias entre espaços, programadores e artistas, disse.

Como tal, tem como objetivo, além de promover a interação entre instituições dispersas pelo país, consolidar o mapeamento das instituições públicas e privadas, apoiar a internacionalização e capacitar as equipas adstritas.

A rede está concertada com a dinamização do Programa Anual de Aquisição de Arte Contemporânea do Estado, criado em 2019, através do qual foram adquiridas e integradas obras de artistas nacionais.

Atendendo a que a RPAC é nacional, e questionado pela Lusa sobre a razão da apresentação de uma rede regional, Américo Rodrigues esclareceu que “a possibilidade de organização em termos regionais sempre esteve prevista”.

Havia já um mapeamento e ainda vai haver um processo de adesão, mas acontece que a região do Norte já estava “há muito a trabalhar em articulação com o turismo” e constituiu-se nessa base, acrescentou.

As outras regiões terão igualmente autonomia nas suas propostas e, da mesma forma que a região do Norte se associou ao turismo, as outras poderão fazê-lo também ou ligar-se a outras áreas, como a ciência, exemplificou.

Mas é a rede nacional que “vai congregar e reunir todos os equipamentos, fazer o mapeamento e a divulgação”, assim como fará circular as obras de arte por toda a rede, já que um dos objetivos é precisamente que “os equipamentos aderentes possam receber obras do Estado”.

A RPAC foi constituída em 2021, através de uma Resolução do Conselho de Ministros, o próximo passo é a adesão das instituições à rede, o que poderá começar a partir do próximo mês, prazo que o diretor geral das Artes tem como meta para abrir o processo de adesão.

Esse processo “nunca estará completo”, adiantou, explicando que “há critérios mínimos de adesão, mas não será um processo moroso e está sempre a completar-se”, até porque há a intenção de alargar a espólios de artistas e a ateliers.

Além disso, afirmou querer “envolver os artistas visuais também neste processo e fomentar a sua participação ativa”.

Américo Rodrigues considera que “o que falta é um programa de apoio à programação” dos centros aderentes à rede, e avançou que vai, por isso, propor a criação de uma linha de financiamento para projetos, que podem ser de programação, mediação ou comunicação.

Este será o passo a dar após a adesão das instituições à RPAC e ao início da colaboração e apoio mútuo.

O diploma do Governo que criou a RPAC, publicado em maio de 2021 em Diário da República, define-a como uma plataforma de dinamização que irá promover a interação de 120 instituições dispersas pelo país, já identificadas.

No diploma que cria a RPAC e a figura do curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), o Governo sublinha que "foi retomada, ao fim de quase 20 anos, uma política pública de aquisições de obras de arte contemporânea, que privilegia a criação nacional e a respetiva fruição em todo o território", através da constituição da Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea, e da afetação de uma verba anual no âmbito do programa de aquisição de arte contemporânea portuguesa do Estado.

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