Em 2005, o escritor já tinha lançado o “Dicionário de Transmontanismos”, que lhe levou décadas de investigação. Há três anos decidiu trabalhar neste novo livro, “Calê de Rebordelo”. Admite que houve expressões que o marcaram.
“Por exemplo para nos referirmos a uma terceira pessoa, temos o cambo, o granhi, o carzinho, graio, manês e xenher, só para o Ele. Para dinheiro temos cadezes, permezes, para vinho dizemos mole, para bêbedo dizemos que está vinhado do mole”, explicou.
Os leitores não só ficam a conhecer as expressões, como também a sua origem.
“A novidade neste livro é a de tentar explicar etimologia das palavras. No final de cada entrada tendo explicar a raiz e a evolução de cada palavra. As nossas palavras são tão dignas como as da língua comum”, disse.
Adamir Dias utilizou ainda citações de escritores como Miguel Torga, Bairro São Bento da Cruz, Jorge Tuela e Virgílio do Vale para reforçar as expressões de Rebordelo. O livro “Calê de Rebordelo” foi apresentado no passado fim-de-semana a toda a comunidade da aldeia.
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