Paulo Santos, presidente Associação Sindical de Profissionais de Polícia, visitou esta manhã os profissionais de Bragança, e concluiu que o maior problema desta esquadra é o envelhecimento do efectivo, como em muitas outras esquadras do interior.
“Não só há escassez de efectivo, há poucos polícias para responder às missões, como há uma situação que é agravada nestas cidades do interior, que tem a ver com o envelhecimento do efectivo. Percebemos aqui em Bragança que há um conjunto de polícias que está na casa dos 55 aos 60 anos. Sabemos que a polícia não está a ser uma instituição atractiva, não está a haver candidatos, ao não haver candidatos não há possibilidade de saída e isto transforma-se quer numa sobrecarga de trabalho, quer de um problema mais agudo ao nível de investimento, e parece-me que Bragança é um desses casos exemplares”, referiu.
Depois desta visita, o sindicato vai reportar a situação ao ministro da Administração Interna. Paulo Santos lembra que um polícia com 50 anos já não tem as mesmas capacidades que um jovem.
“Nós nem queremos acreditar que o Governo esteja a pensar alargar a idade da reforma, porque só quem não conhece a realidade da PSP é que não consegue perceber que uma coisa é se polícia com 40 anos, outra é ser com 60 anos”, frisou.
O Comando Distrital da PSP de Bragança tem cerca de 170 profissionais. Além do envelhecimento do efectivo, há outros problemas que são transversais a todo o país e que também afectam os polícias de Bragança, como “falta de motivação, dificuldade com a direcção nacional, baixos salários”.
Os polícias podem pedir a pré aposentação aos 55 anos ou aos 60 anos.
A Associação Sindical de Profissionais de Polícia visitou esta manhã a PSP de Bragança e esta tarde a esquadra de Mirandela.
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