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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Estudo da Entidade Reguladora da Saúde conclui que Trás-os-Montes não tem qualquer prestador convencionado com o Serviço Nacional de Saúde para exames de Cardiologia ou Pneumologia e Imunoalergologia

 O Nordeste Transmontano está sem qualquer prestador convencionado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para exames de Cardiologia ou Pneumologia e Imunoalergologia, segundo um estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) publicado em maio.


O mesmo estudo concluiu também que não há prestadores convencionados para Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) na área de Pneumologia e Imunoalergologia no território de 12 das 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), incluindo a de Terras de Trás-os-Montes, que inclui os concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Vinhais, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor.

Este estudo da ERS teve como objetivo perceber as condições de acesso e concorrência em estabelecimentos convencionados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em ambulatório, para a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica nas áreas de Cardiologia e de Pneumologia e Imunoalergologia.

De acordo com a Entidade Reguladora da Saúde, duas das principais causas de morbilidade e mortalidade hospitalar nos últimos anos em Portugal são as doenças do aparelho respiratório e do aparelho circulatório. Quanto aos prestadores convencionados para MCDT em Cardiologia, a ERS diz que não existe um único na NUTS III de Terras de Trás-os-Montes, abrangendo os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

O mesmo acontece para os convencionados na área da Pneumologia e Imunoalergologia tanto na NUTS III de Terras de Trás-os-Montes como em outras 11: Alto Tâmega, Douro (que inclui Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães), Médio Tejo, Oeste, Lezíria do Tejo, Alto Alentejo, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo Central, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo e Algarve.

Segundo a ERS, 96,7% da população residente em Portugal continental mora a 60 minutos ou menos de um convencionado em MCDT de Cardiologia. Contudo, 12,1% da população reside a mais de meia hora de uma destas unidades.

Por outro lado, neste estudo “concluiu-se que 67,5 % da população residente em Portugal continental reside a 30 minutos ou menos de um estabelecimento convencionado de MCDT de Pneumologia e Imunoalergologia, e que 14,5% da população continental reside a mais de 60 minutos de um estabelecimento convencionado”.

Barreiras à entrada no mercado

Por outro lado, logo à cabeça das conclusões, este estudo de 55 páginas, que o Mensageiro consultou, refere que “o regime jurídico das convenções que tenham por objeto a prestação de cuidados de saúde aos utentes do SNS, o Decreto-Lei n.o 139/2013, carece ainda de regulamentação – relativa a modalidades de procedimento a adotar, na celebração de novas convenções, e definição de novos clausulados-tipo – para a maioria das áreas convencionadas, incluindo as áreas de Cardiologia e de Pneumologia e Imunoalergologia, pelo que se mantém uma das principais barreiras à entrada no mercado convencionado”.

Ora, com poucos operadores no mercado, os tempos de espera para os habitantes do Nordeste Transmontano aumentam.

Por outro lado, a única forma de aceder a muitas destas valências implica grandes deslocações e consequentes gastos com transportes.

E este é um setor em que, de acordo com o estudo, a procura tem crescido.

António G. Rodrigues

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