D. Frei João de Valadares – Eremita de Santo Agostinho, provincial dessa Ordem, deputado da Inquisição, pregador do rei, bispo de Miranda e depois do Porto.
Era natural de Setúbal, filho de Estêvão da Mota de Valadares e de D. Catarina Valadares, pessoas nobres, que tiveram também outros filhos ilustres, como foram D. Mendo, do conselho de Portugal em Madrid, e D. Inês de Valadares, mulher de João Fuzeiro, de Sande, de quem procedeu Fernando de Mesquita Pimentel, senhor do morgado de S.Manços.
Vagando em 1620 a Sé de Miranda, pela eleição de D. Francisco Pereira para Lamego, foi naquele bispado provido D. Frei João de Valadares, governando-o desde 1621, em que morreu o seu antecessor, até 1627, em que foi transferido para a Sé do Porto, que governou até 23 de Maio de 1635 e não 1633, como erradamente afirma Argaiz.
Era natural de Setúbal, filho de Estêvão da Mota de Valadares e de D. Catarina Valadares, pessoas nobres, que tiveram também outros filhos ilustres, como foram D. Mendo, do conselho de Portugal em Madrid, e D. Inês de Valadares, mulher de João Fuzeiro, de Sande, de quem procedeu Fernando de Mesquita Pimentel, senhor do morgado de S.Manços.
Vagando em 1620 a Sé de Miranda, pela eleição de D. Francisco Pereira para Lamego, foi naquele bispado provido D. Frei João de Valadares, governando-o desde 1621, em que morreu o seu antecessor, até 1627, em que foi transferido para a Sé do Porto, que governou até 23 de Maio de 1635 e não 1633, como erradamente afirma Argaiz.
Construiu, a expensas suas, o dormitório do convento de Santo Agostinho, que deita para o Douro, na cidade do Porto, e um mirante ao poente olhando para a parte em que o rio desagua no mar.
Também interpôs eficazmente a sua influência, valendo-se do irmão que tinha em Madrid, para que o rei perdoasse aos habitantes da cidade do Porto que se haviam amotinado em 1628 por ocasião de lhe ser lançado um novo tributo(110).
O retrato deste prelado está no Paço Episcopal de Bragança, tendo a tela a seguinte legenda: D. Frater Joannes de / Valadares ordinis ere / mitarum sancti augusti / ni natus selobricoe archic / hiscupatus Ulyssiponensis / postea translatus ad Portu / ensem ecclesiam ibi obiit, / jacet que sepultus.
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(110) FLOREZ, Henrique – España Sagrada, tomo XXI, p. 214. CUNHA, Rodrigo da – Catálogo e História dos Bispos do Porto, parte II, cap. XL e XLII.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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