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sexta-feira, 5 de julho de 2024

Miranda do Douro vai submeter rituais do Solstício de Inverno ao património imaterial

 O município de Miranda do Douro vai submeter uma candidatura ao Registo Nacional do Património Cultural Imaterial, dos rituais ancestrais com máscara do Solstício de inverno, disse hoje à Lusa a presidente da Câmara.


“Este pedido de registo destes rituais ancestrais do concelho de Miranda do Douro vai ser pedido ao Registo Nacional do Património Cultural Imaterial, com salvaguarda urgente, porque estas festas do Solstício de Inverno são identitárias do território da Terra de Miranda e pretendemos que as mesmas façam parte do inventário nacional para a sua salvaguarda”, explicou Helena Barril.

Neste concelho raiano do distrito de Bragança, os rituais com figuras mascaradas ainda se realizam com a pureza que lhes é característica, nas aldeias de S. Pedro da Silva (13 de dezembro), Constantim (26 e 27 de dezembro) e Vila Chã de Braciosa (01 de janeiro).

De acordo com a autarca social-democrata do distrito de Bragança, cada uma destas festas será objeto de uma candidatura, a qual será submetida no a 10 de julho, dia em que se celebram os 479 anos da elevação de Miranda do Douro à categoria de cidade.

“Estas festas e estes rituais fazem parte da identidade do povo mirandês”, vincou Helena Barril.

Segundo um resumo da candidatura ao qual a Lusa teve acesso, estes rituais com máscaras ocorrem num período fortemente marcado pela proximidade das celebrações pré/pós natalícias, pelo que os habitantes que migraram costumam regressar em grande número, participando ativamente nas respetivas celebrações festivas.

“As festas solsticiais com rituais com máscaras suscitam sempre considerável adesão de visitantes, muitos dos quais das vizinhas terras espanholas da região de Zamora, um território particularmente rico em manifestações e rituais semelhantes”, indica o mesmo documento.

“Estas comunidades encontram-se seriamente afetadas pela progressiva diminuição da respetiva população residente, num processo de despovoamento que se iniciou sobretudo a partir de meados do século XX e não mais parou até ao presente, embora se note uma estagnação, a par de um acentuado envelhecimento dos atuais residentes”, lê-se na descrição da candidatura.

A candidatura descreve ainda que apesar de todas as dificuldades inerentes à baixíssima densidade demográfica do território - que nos sugerem a adoção de medidas concretas de salvaguarda urgente -, estas festas solsticiais com rituais com máscaras são vividas de modo particularmente intenso, com níveis elevados de participação.

FYP // PSC
Lusa/fim

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