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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A Falsidade dos Jantares de Natal...das Empresas e Instituições


Aproxima-se a altura do ano em que os jantares de Natal das empresas e instituições se sucedem um pouco por todo o lado. Há para todos os gostos. Há jantares em que cada colaborador paga o seu jantar, há jantares onde a empresa, ou instituição,  é que paga e até jantares em que ninguém paga e o dono do restaurante fica a "arder". 

O melhor dos jantares de Natal das empresas e instituições é a gradual evolução comportamental definida pelo consumo de álcool. É esse consumo que faz com que tudo possa acontecer.
Desde a directora financeira, que antecede a refeição com um austero relatório de contas e acaba no karaoke a cantar as "tetas das cabritinha", com um barrete de pai natal enfiado na cabeça e uma mama de fora, até ao administrador que assiste à troca de prendas entre a esposa e a amante...tudo pode acontecer.
Colaboradoras ébrias e abraçadas umas às outras a cantar "o pai da criança", ao mesmo tempo que dizem ser as melhores amigas, quando na verdade o dia-a-dia de trabalho demonstra tratarem-se de umas grandes cabras...também são uma espécie muito vista nestes jantares de Natal.
Não pode faltar a típica troca de prendas em que todos os colaboradores se esforçam por oferecer o mais ranhoso e lowcost bibelot chinês, mas sempre com a esperança de receber um Porsche.
A indumentária destes jantares também é característica. Os homens vestem o que sobrou de uma tarde de montanhismo ao passo que as mulheres escolhem algo que já tenham usado em casamentos e que no jantar de Natal pode surpreender. Na verdade surpreende. Ao ponto de, em alguns desses jantares, serem confundidos com o Carnaval.
Nos jantares de Natal todos são muito amiguinhos e acabam sempre por fazer um comboio ao som do "apita o comboio" guinchado pelo director jurídico ou presidente  que segura o microfone com a mão onde tem um charuto, e o copo de aguardente velha com a mão que ambienta os glúteos da nova aquisição dos recursos humanos.
Ao fundo da sala ouvem-se gemidos. Alguns minutos depois, o director executivo, de virilhas largas, despenteado e com a gravata já sem nó, reaparece na sala para que algum tempo depois apareça também o novo designer gráfico, que ajeita os boxers ao mesmo tempo que critica os cortinados do salão.

Em duas mesas da sala já se joga poker e numa outra organiza-se a visita à casa de meninas. Nada melhor que um jantar de Natal da empresa como desculpa para ir às putas. E isso eu não consigo perceber.
Neste "lufa-lufa" a secretária da administração nem tempo teve para comer, tal foi a azáfama em que andou a boca. Dizem as más línguas que ela é "barra" na oralidade. Para além de abrir o jantar com um discurso de apelo ao empenho, teve ainda que trabalhar. Sim, porque a secretária da administração foi a única que no jantar de Natal teve que fazer exactamente o mesmo trabalho que nos restantes dias do ano. Nem vale a pena explicar que tipo de trabalho faz efectivamente...porque todos sabem mas ninguém sabe (you know what i mean).

Obs* Desconheço o autor

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