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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Festas de Natal em Parada uma tradição viva no coração de Bragança

 De dia 26 a 28 de dezembro, realizou-se a feira de Artesanato e produtos da Terra, deu-se a volta à aldeia no Carro de Santo Estevão e recordaram-se velhos tempos com os jogos tradicionais


Na aldeia de parada as festas tradicionais de Natal mantêm-se.

De dia 26 a 28 de dezembro, realiza-se a feira de Artesanato e produtos da Terra, dá-se a volta à aldeia no Carro de Santo Estevão e começam os jogos tradicionais.

No último fim de semana do ano, actividades não faltaram para juntar os que vivem e os que regressam à aldeia, e tanto a galhofa como a corrida da Rosca são tradições às quais não se pode faltar. Quem o diz é Manuel Rodrigues, habitante da aldeia e autor do curral da luta e do carro de Santo Estevão.

“Se começarmos pela primeira tradição, temos, por exemplo, a missa do galo, onde cantam quatro jovens. Depois, no dia seguinte, temos esta corrida da rosca, que já é tradição, todas as pessoas das aldeias que aqui queiram vir correr. Depois temos à noite a galhofa, que são as lutas tradicionais, que acontecem no curral.  Tenho 83 anos, e desde miúdo sempre fiz parte das tradições, sempre, sempre. Para mim é importante continuarem a existir. Eu nunca falharei nisto, porque toda a vida andei nisto. Eu gosto destas tradições”, disse.

Pedro Teixeira é de Parada, mas vive em Braga. Desafiado pelo filho, Tomás Teixeira a correr, voltou a recordar os velhos tempos. “Quando tinha doze, treze anos, talvez corresse, mas depois não. Ganhamos aquela vergonhazinha. Mas hoje decidi, fazer aqui à vontade do Tomás, e corri com ele”, referiu.

Afirmou sentir um “grande orgulho” ver o filho a participar nas actividades tradicionais da sua aldeia. Acrescentou que é “uma forma de manter a tradição” que faz parte das suas raízes. É também para ele motivo de orgulho ver que o filho “tem um gosto enorme por Trás-os-Montes, nomeadamente Bragança”, rematou.

A tradição é antiga e tem de se manter. Apesar existirem cada vez menos participantes, para o presidente da união de Freguesias de Parada e Failde, Hervé Gonçalo, o mais importante é manter o convívio que esta festa proporciona.

“Isto é a cultura de um povo. O que está enraizado é sempre o convívio entre toda a população, todos os migrantes e imigrantes, nesta altura, regressam a Parada só para conviver. Tem existido cada vez menos participantes. Relativamente à luta, existia geralmente um desafio entre os de grijó de Parada e os de Parada, para saber quem tinha o lutador mais forte. Neste momento, cada vez menos, a cultura também das pessoas não permite e vai-se perdendo, mas em Parada ainda tem aberto todos os anos o Curral de Santo Estevão, para assim procederem à luta e não deixar perder esta tradição”, contou.

A organização das actividades é da responsabilidade dos mordomos de Santo Estevão, que são encontrados durante o almoço comunitário. A galhofa, que nada mais é que uma luta, é ganha pelo lutador que conseguir imobilizar, no chão e de costas, o adversário. Na corrida da Rosca, vence o corredor com duas vitórias, explicou o presidente. 

Actualmente, a Junta de Freguesia está a acrescentar novas actividades à festa de Santo Estevão, como a decima quinta Feira de Artesanato e Produtos da Terra e a batida de caça, realizada em colaboração com a Associação de Caçadores. O objectivo é atrair mais visitantes e manter o espírito de convivência, reunindo todas as gerações em torno das tradições.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

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