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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Bragança vai precisar da ajuda do exército para garantir água à população

A câmara de Bragança necessitará da mobilização de meios de todo o país, incluindo a intervenção do exército, para garantir o abastecimento de água à população se a seca se prolongar, disse hoje a autarquia.
Este é o pior dos cenários, que contempla também um pedido de ajuda a Espanha, e está a ser trabalhado num plano de emergência que deverá estar pronto dentro de pouco mais de uma semana.

O vice-presidente da autarquia, Rui Caseiro, explicou hoje à Lusa que o plano contemplará «os vários cenários possíveis» e está a ser elaborado devido à possibilidade de uma ruptura total das reservas.
O município está a viver uma situação «inédita» de falta de água, que já obrigou a recorrer aos sistemas alternativos com quatro meses de antecedência, devido à seca.
As reservas estão a níveis do Verão e a única albufeira para abastecimento aos 35 mil habitantes da cidade, a da Serra Serrada, não conseguiu encher durante o Inverno.
A situação «só melhorará se chover em Abril e Maio», segundo Rui Caseiro, mas a autarquia está a preparar-se para o pior dos cenários, avançando, pela primeira vez, com um plano de emergência.
O plano está a ser preparado em parceria com a Autoridade Nacional da Protecção Civil, o Ministério do Ambiente, através de organismos como o INAG (Instituto Nacional da Água) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
Rui Caseiro prevê que esteja pronto «no final da primeira quinzena de Abril», depois de um levantamento dos meios necessários e disponíveis.
De acordo com o autarca, no pior dos cenários, serão necessários «setenta camiões cisterna» a transportar água 24 por dia para os depósitos da cidade, o que implica uma mobilização de meios da Protecção Civil de todo o país.
Neste cenário, será também necessária a intervenção do exército, segundo ainda Rui Caseiro, e a ajuda de Espanha, através de uma unidade militar de Leon, cidade com a qual Bragança mantém, há vários anos, uma cooperação transfronteiriça.
Uma operação deste género poderá ter um custo de 1,8 milhões de euros, segundo dados já avançados anteriormente pela autarquia.
O plano visa ter tudo preparado para não deixar a população sem água, principalmente durante o verão, época em que os consumos disparam, devido às condições climatéricas e ao aumento da população com a chegada dos emigrantes para férias.
A câmara de Bragança já tinha um plano de contingência que accionou várias vezes nos últimos anos, nomeadamente em Outubro, com camiões cisterna dos bombeiros a transportarem água para os depósitos do concelho, mas numa escala menor e menos abrangente do que os cenários contemplados no plano de emergência.
O problema da falta de água em Bragança deverá fica resolvido com a construção da barragem de Veiguinhas, recentemente aprovada pelo Ministério do Ambiente, depois de vários chumbos por se localizar no Parque Natural de Montesinho.
O projecto com mais de 30 anos vai completar o sistema de abastecimento do Alto Sabor, mas a construção só deverá iniciar-se dentro de um ano, pelo que a autarquia terá de continuar a procurar alternativas para garantir água à população em situações de seca como actual, até a nova albufeira estar operacional.

Lusa/SOL

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