É constituída pelos lugares de Morais, Paradinha de Besteiros e Sobrela. O povoamento da área onde se situa actualmente a freguesia remonta a épocas recuadas da história do Homem. O povoado fortificado de Espondra foi habitado durante um longo período que inclui o Calcolítico, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. Localiza-se numa elevação bastante alongada que se desenvolve no planalto de Morais. A posição geoestratégica é boa, pois permite grande visibilidade sobre as terras em redor.
Para colmatar as lacunas das condições de defesa naturais, existiria pelo menos uma linha de muralhas, da qual, no entanto, nada resta hoje em dia. Os vestígios materiais reduzem-se a fragmentos cerâmicos.
Em Sobreda, foi descoberto um sarcófago medieval cristão em granito, de forma antropomórfica, cujo arco da cabeceira se desenha em volta perfeita. O seu local de proveniência original não era este, mas também não se sabe qual era. A Igreja da Senhora do Monte data do período medieval cristão. Constituída por um único corpo, onde se abre uma porta frontal virada a oeste, e uma pequena porta lateral com arco de volta perfeita, está hoje completamente em ruínas.
Estas ruínas poderão estar associadas a um antigo povoado. Ao que parece, foi neste sítio que se desenvolveu a povoação original, que posteriormente se implantou no sítio actual. Na área envolvente do templo, foram recolhidos fragmentos cerâmicos, telhas, materiais de construção, uma mó completa e movente. A Ponte de Paradinha sobre o rio Azibo é de origem medieval.
É uma estrutura em xisto, de tabuleiro plano, assente sobre dois arcos de volta perfeita, um central maior, e um lateral mais pequeno. O primeiro povoador do lugar de Morais terá sido Gonçalo Rodrigues de Morais, filho de D. Rodrigo Garcês e neto do Conde D. Garcia Garcês, que casou com Maria Fortunes, filha de Fortum Lopes, senhor de Soria da família de Morais. À história da freguesia, pertence o Solar de Morais, do qual já nada resta hoje em dia.
Este solar terá tido origem na vinda para esta região de uma linhagem de sangue azul, pertencente ao Reino de Aragão, cujo expoente principal teria sido Estêvão Peres deli Moral. Morais foi uma comenda da Ordem de Cristo e pertenceu ao concelho de Izeda até 24 de Outubro de 1855. Por extinção deste, transitou para o município de Macedo de Cavaleiros. Nessa altura, Paradinha de Besteiros, actualmente um lugar de Morais, era uma freguesia.
Área: 5080 ha
População: 704 habitantes
Património cultural edificado: Solar de Porto d'Abreu, Igreja Matriz, Capelas de S. Sebastião, de Nossa Senhora da Oliveira, de Stº António, de S. Pautaleão, de S. Francisco Xavier, Ruínas da Igreja Romana, Senhora do Monte
Feiras: Feira Mensal no 1º Domingo de cada mês, Feira Anual no 1º Domingo de Dezembro- Feira de Stº André
Festas e Romarias: Festas de Nossa Senhora Oliveira no 1º Domingo de Outubro, de Stº André a 30 de Novembro- Festa do Pequeno Emigrante, de S. Sebastião a 20 de Janeiro
Gastronomia: Bacalhau Assado, Cabrito Assado, Súplicas, Alheira, Salpicão, Económicos
Locais de lazer: Miradouro do Monte Morais, Lugar do Cabeço da Paixão
Espaços lúdicos: Espaço Internet
Artesanato: Cestaria de Vime, Bordados, Miniaturas em Madeira, Toalhas de Linho
Colectividades: Associação de Caçadores de Morais, Associação de Amigos e Melhoramentos de Morais (AAMOR), Morais F.Club.
in:retratoserecantos.pt
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