O projecto já foi elaborado há três anos, mas a construção de mais uma casa abrigo para vítimas de violência doméstica em Bragança ainda não avançou por falta de financiamento.
A Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança já investiu cerca de 40 mil euros neste projecto, que está parado e sem data para avançar. “O POPH neste momento não está a lançar candidaturas, porque também não há dinheiro, as prioridades são outras. É um projecto que temos em mãos é um investimento que a ASMAB fez no projecto e também no terreno, que embora tenha sido cedido pelo município, já fizemos lá investimento. E portanto estamos parados com o betão”, realça o presidente da ASMAB, Alcídio Castanheira. O presidente da ASMAB lembra que a ideia de construir este espaço surgiu na sequência da criação do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica, há quatro anos. Esta estrutura é de âmbito distrital, mas funciona nas instalações desta instituição.
Alcídio Castanheira diz que, de ano para ano, se tem registado um aumento do número de vítimas que ronda os 15 por cento. “Tem havido um aumento até por causa da crise. Sabemos que a maioria dos problemas familiares provêm da falta de dinheiro.
O dinheiro não faz a felicidade, mas é meio caminho andado. Quando os agregados familiares entram em instabilidade financeira, depois provocam-se outras questões que estariam algo adormecidas.
E portanto a maioria dos novos casos provêem dessa questão económica”, constata o responsável.
Perante esta realidade, Alcídio Castanheira defende que é necessário construir mais uma casa abrigo, tendo em conta que no distrito só existe uma casa com capacidade para cinco vítimas. “Achamos muito pouco. Muitas vezes as pessoas têm que ser encaminhadas para pensões, outras vezes vão para outras casas abrigo fora do distrito, e achamos que Bragança merecia ter uma casa abrigo que desse resposta aos casos que vêm sendo encaminhados para o núcleo”, defende Alcídio Castanheira.
Faltam espaços para acolher vítimas de violência doméstica no distrito de Bragança e financiamento para construir uma nova casa abrigo.
Escrito por Brigantia
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