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SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Inauguração da Exposição: “90 anos da Seara Nova”, a 8 de Dezembro no Museu do Abade de Baçal
A presente mostra tem por objectivo assinalar o percurso de 90 anos da revista Seara Nova, destacando-a como revista de intervenção cívica, cultural, social e política, onde pontuaram e pontuam inúmeras personalidades que têm em comum a vontade de contribuir para um País mais justo, mais igual, mais democrático, mais livre e soberano.
Ao longo dos seus 90 anos de publicação a Seara Nova tem procurado reflectir nas suas páginas a realidade nacional e internacional de cada momento, assumindo-se, desde sempre, como alternativa ao pensamento dominante.
Cinco anos após a sua fundação, em 1921, por um grupo de intelectuais que importa nomear – Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, José de Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Raul Brandão e Raul Proença – ocorreu o golpe de Estado que deu origem à ditadura fascista vivida durante 48 anos pelo povo português. Nas páginas da Seara Nova reflectiu-se o ânimo dos opositores da ditadura para o combate necessário às atrocidades e ignomínia do regime. Nos anos 70 do século passado, a revista constituía mesmo um importante espaço de reflexão dos democratas e um baluarte teórico da luta pelas liberdades e pela mudança do regime.
Esta exposição, simples e despretensiosa, presta também homenagem aos que a fundaram e aos que, ao longo de quase um século, têm animado as páginas da Seara Nova com as suas análises, opiniões e comentários, sem esquecer os que assumiram o cargo de director: Raul Proença, António Sérgio, Câmara Reys, Augusto Casimiro, Rogério Fernandes, Augusto Abelaira, Rodrigues Lapa, José Garibaldi e Ulpiano Nascimento.
Nela encontram-se alguns (por certo não tantos quanto seria desejável) excertos desses artigos que permitem aferir a seriedade intelectual e moral dos seus autores, evidenciando muitos uma actualidade surpreendente.
São contribuições que radicam no designado espírito seareiro, ou seja, um leque de colaboradores de diferentes tendências políticas e ideológicas que mantêm vivos os ideais da luta pela cultura, pelo progresso, pela justiça social.
Dirigida desde 1979 por Ulpiano Nascimento, a quem se deve, com muita abnegação e mesmo sacrifício pessoal, a manutenção do título, a Seara Nova é hoje propriedade da Associação Intervenção Democrática – ID. Permanece assim independente do poder económico, de partidos políticos e de confissões religiosas. Porém continua, tal como há 90 anos, o combate pela democracia política, económica, social e cultural, pelas liberdadades individuais e colectivas, enfim, pela conquistas alcançadas com a Revolução de 25 de Abril de 1974.
A Seara Nova é e pretende ser um projecto colectivo, no qual participam homens e mulheres comprometidos com os valores enunciados. É e pretende ser uma revista de reflexão e crítica em torno dos grandes temas nacionais e internacionais, divulgadora de opiniões e análises independentes e rigorosas que por isso mesmo, bastas vezes, são mantidas à margem pelos grandes órgãos de comunicação social.
A exposição permite ainda afirmar que é impossível conhecer o pensamento português do século XX e da alvorada do século XXI sem uma leitura atenta da Seara Nova.
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