Abastecer o automóvel fica mais caro em Bragança em Lisboa, com a gasolina 95 e o gasóleo a custarem 20 cêntimos acima do preço de referência, enquanto Beja é o distrito que mais cobra pelas botijas de gás.
Os números compilados pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) foram hoje mostradas na Comissão de Economia e Obras Públicas e revelam que há diferenças significativas nos custos energéticos entre distritos.
O preço de referência dos combustíveis (gasolina, gasóleo e botijas de gás propano e butano) são disponibilizados diariamente pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) e refletem os preços grossistas, praticados entre os operadores, permitindo aos consumidores avaliar os que se afastam mais do preço de referência.
De fora ficam outras componentes que pesam no preço final como a logística, a distribuição e a comercialização, a margem do comercializador ou os descontos.
De acordo com os dados do Governo, à data de hoje, com o preço de referência da gasolina 95 nos 1,17 euros por litro, abastecer o carro em Aveiro fica oito cêntimos mais barato do que em Bragança, onde o preço por litro chega aos 1,38 euros e custa menos sete cêntimos do que em Lisboa (1,37 euros/litro).
No caso do gasóleo, com um preço de referência de 1,02 euros por litro, Castelo Branco tem a oferta mais barata (1,13 euros por litro) e Lisboa e Bragança voltam a ser os distritos que cobram mais caro (1,21 e 1,22 euros por litro, respetivamente).
Em termos das botijas de gás, cujo preço de referência se situa nos 0,68 cêntimos por quilo para o butano e 0,65 cêntimos para o propano, as diferenças entre os distritos mais baratos e os mais caros variam entre os 35 e os 37 cêntimos.
No gás butano, Braga é o distrito mais barato (1,83 euros) e Beja o mais caro (2,18 euros), logo seguido de Lisboa (2,15 euros), enquanto o gás propano custa menos em Viana do Castelo (2,18 euros) e volta a custar mais em Beja (2,55 euros).
O ministro do Ambiente e Energia, Jorge Moreira da Silva, disse que não está em causa uma "dicotomia" entre o litoral e o interior, apontando o caso de Setúbal que é um dos distritos que cobra mais pelas botijas de gás, e sim "provavelmente" questões com "as cadeias de logística".
Moreira da Silva acrescentou que o Governo "está a trabalhar para chegar mais longe" na questão dos preços, nomeadamente, no que diz respeito aos pontos de distribuição e não apenas na atividade grossista.
RCR // MSF
Lusa/fim
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