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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Natal ou natal?

Se nos referirmos à comemoração do nascimento de Jesus Cristo, teremos de escrever Natal, pois a letra maiúscula inicial é usada "nos nomes que designam festas ou festividades". 
Exemplo: Bom Natal!
No entanto, se usarmos a palavra como adjetivo, é obrigatória a minúscula. Exemplos: terra natal; país natal.
Pai Natal ou pai natal?
Devemos escrever Pai Natal, pois a maiúscula deve ser usada "nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos”.
Nestes casos, o Acordo Ortográfico 90 (AO90) nada altera, mantendo o que as regras de 1945 determinavam.
Pois, o eterno bom e mau Português, escrito e o malfadado Acordo Ortográfico, seja ele de que ano for…
Mas há mais!
Referindo o Natal como festa cristã, de cristã, pouco ou nada tem ou então eu como cristão não praticante se calhar vejo as coisas de forma errada, pois não tenho jeito para “beata” e muito menos para bater no peito, ou para evocar o nome de Deus, Cristo, por dá cá aquela palha… Há quem o faça, mas cada qual sabe o porquê… Pena é que depois não faça da sua vida o que evoca em terreno “sagrado” ou “cristão”…Neste mundo economicista, vive-se o Natal, durante mais de um mês, sem ter muito bem a certeza da data em que Cristo nasceu, celebrando um dia 25 de Dezembro, como se essa fosse a real data de tal suposto acontecimento. Se fosse nesta altura, certamente seria amplamente celebrado no Facebook, Twitter, Instagram, ou outra qualquer rede social… Espera… Mas porque razão?? Ah, sim, nosso Salvador… Pena é que há por cá quem insista em não nos salvar, fazendo as coisas em prol de minorias ou de interesses econômicos, ou de interesses particulares, ou então eu estou muito errado… Mas errar é humano e como humano que sou, também erro! Certo é que há mais quem erre e quem nunca errou (pecou) que atire a primeira pedra, tal como disse Jesus no Evangelho de João…
Por isso se erra em certas e determinadas situações, das quais apenas se pode chamar a atenção, para que se evitem esses mesmos erros…
Na cidade de Bragança, tal como todos os anos, o Município, engalana a cidade com iluminação Natalícia, nas suas principais artérias, promove eventos variados, nas principais artérias e praças, esquecendo-se do seu Ex-Libris da cidade, o Castelo, majestoso e altaneiro, local do nascimento desta bela cidade, há mais de 800 anos no lugar de Benquerença, reconstruída e erigida por Fernão Mendes… Que lutou para que a cidade prosperasse, tal como eventualmente todos os que lhe sucederam, segundo reza a história…
Então eu questiono, porque apesar dos meus quase 50 anos de existência, não me recordo de que o Castelo seja engalanado, como o resto da cidade?? Porque permitiram que tradições no seu interior se tenham perdido, tal como a fogueira, tal como outras comemorações durante o ano??
Dirão vocês, que o Castelo este ano está iluminado… sim está, timidamente, comparativamente ao resto da Cidade!
Deveria estar totalmente iluminado nas suas muralhas, nas suas torres, deveria ser feita uma aldeia Natal, por exemplo, nem que fosse, com uma feira de Artesanato, com artesões locais e não só, aberta a todos os que queiram promover os seus produtos, com um belo presépio, e até com um presépio vivo em certas horas!
Mas não, é preciso é que tudo esteja atafulhado no centro da cidade, numa praça que foi descaracterizada e que se teima em converter em palco de eventos para que se possa esquecer qual a sua anterior função durante quase um século!
Iluminou-se a Sé, mas mantêm-se os relógios sem qualquer iluminação nem que fosse à luz da vela, iluminaram-se os centros das rotundas, construídos nos últimos anos, iluminou-se o Mercado Municipal, iluminaram-se as ruas principais, com a sua música muitas vezes sem se saber muito bem a que época se reporta, pois ao Natal não é certamente, e o Castelo, imponente e principal monumento desta cidade, teve direito a uns metros de luzes no topo das ameias da sua Torre de Menagem, como que a tentar dar um chupa-chupa a uma criança para que não chore mais…
O Castelo e a Vila, merecem mais, merece o respeito do Município, dos cidadãos, desta bela cidade, de quem nos visita, não só no Natal, mas também no resto do Ano! O Centro da cidade merecem que a iluminação e animação, por lá decorra?? Merecem sim, tal como todos os bairros periféricos, tal como toda a cidade, mas também o Castelo, a Vila, merecem, pois todos nascemos dali, pelo menos uma grande parte! Somos filhos de Benquerença e esse local merece todo o nosso respeito e carinho a cada dia que passa!
Natal é todos os dias, é quando um homem quiser, já dizia a canção… Vamos fazer o Natal todos os dias…



Crónica do Corneteiro do BC3 // Por Fernando Aragão

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