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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Frei Filipe Dias

Natural de Bragança; franciscano, definidor da sua ordem. Faleceu em Salamanca e foi sepultado no convento de S. Francisco daquela cidade aos 9 de Abril de 1600 ou 1601, não há certeza absoluta. El Gran Diccionario de Moreri e o Hagiológio Lusitano dizem que foi em 1600; mas o Sumário da Biblioteca Lusitana e o Mapa de Portugal trazem 1601. A sua pátria e claras virtudes constam dos seguintes versos publicados no Hagiológio de Jorge Cardoso:

Loete Brigantinos Salmantica sucipe fructus
Quos hoec terra tuo lacte rigata tulit.
Hinc modo surrexit doctissimus autor in omni
Scriptura, et legis doctor Apostolicoe.

De Bragança foi estudar teologia a Salamanca, professando depois no convento franciscano dessa cidade, onde se notabilizou como pregador verdadeiramente apostólico, sendo o mais famoso do seu tempo e geralmente considerado como o primeiro eclesiástico dessa época. «Tinha – diz Jorge Cardoso – singular efficacia no persuadir, não lhe faltando abundancia de conceitos e flores oratorias, com que delectava os engenhos dos doctos, e recreava os ouvidos dos indoctos... e talvez parecia que falava nelle o Spirito Sancto, pelo abalo grande que faziam suas reprehensões».
Era tal o prestígio do seu nome e a eficácia salutar do seu exemplo, que ausentando-se para Compostela, logo o bispo de Salamanca, D. Jerónimo Manrique de Lara, reclamou o seu regresso, onde se lhe tornava indispensável para moralização da juventude universitária. Foi de notável humildade e contínuo estudo, que só interrompia para pregar ou orar.

«Philippus Diaz – diz Wadding – Sanctæ Theologiæ apud Salmantinenses Professor, vir vere pius, vere doctus, salutis animarum constanter sitibundus, indeffessus verbi divini minister... Abhorruit supra modum Ordinis officia, neque ullis volevat implicari negottiis, quæ
a verbi divini semine spargendo, ex quo uberrimam colligebat messem potuissent impedire. Totus erat in scribendo, vel in orando occupotus».

Escreveu:
Conciones quadruplices, etc. Salmanticæ, 1583 até 1602.Venete, 1586 até 1591. Colon. Agrip., 1604. 4 tomos in-4.° Lugd., 1586 e 1676. 4.° Venete, 1587. 4.° Colon.Agrip.,1604. 4 tomos e Lugd., 1586 e 1676. 4.°Venete, 1587. 4.° Col. Agrip., 1604. 6 tomos in-4.°
Summa predicantium. Venete, 1586-1591-1595-1596. Salmante, 1598. 2 tomos in-4.° Marial, etc. Barcelona, 1597 (foi traduzida em italiano). Venete, 1607. 4.° e em latim.Venete, 1605. 8.°
Quinze tratados de considerações, etc. Salamanca, 1597, 4.°, e 1602, 4.° e em latim.Veneto, 1595.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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