Acompanhada dos responsáveis máximos da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética (FACIRC), a governante reconheceu a importância do setor da caça na economia e conservação da biodiversidade.
“Se mais de 90% do território de Portugal Continental está ordenado, conclui-se sobre a importância desta atividade não só para a economia local, como para o maneio dos habitats e daquilo que é toda a pirâmide e cadeia de valor que a ela está associada”, referiu Célia Ramos, para quem uma gestão baseada na proximidade, em vez de uma gestão central, “é o futuro”.
É no âmbito futurista que o Presidente da Câmara Municipal, Duarte Moreno, defende que “um território como este, classificado como Geopark Mundial da UNESCO, tem na Natureza um dos seus principais ativos e tem sempre de privilegiar a conservação florestal, manter ao máximo a paisagem natural que dá beleza e, também é geradora de mais valias económicas não só ao nível do turismo como da produção.”
Para tal, e aproveitando a revisão aos Planos Regionais de Ordenamento Florestal, o autarca defende a proteção da flora autóctone no Nordeste Transmontano, “ao contrário do que atualmente acontece, onde são consideradas como prioritárias várias resinosas, que oferecem perigos diversos. Desde logo com o aumento do risco de incêndios, dado que falamos de árvores com elevados índices de combustão, a que acrescentamos a quebra de alimentação para as espécies cinegéticas que têm precisamente nesta inversão do seu habitat o maior perigo de extinção e não na caça como muitas vezes, erradamente, se procura justificar a diminuição de indivíduos.”
Duarte Moreno apelou a uma maior responsabilização na defesa da floresta contra incêndios, no sentido de ser “promovida uma gestão florestal eficaz, produtiva e de conservação da Paisagem”, dando como exemplo “a Serra de Bornes, onde os Baldios sob Regime Florestal não é alvo de uma ação de gestão pelo Estado há vários anos. Se é urgente fazê-lo? Já ontem era tarde, sob pena de num qualquer verão perdermos o ‘pulmão de Macedo de Cavaleiros’, perdermos uma
bela paisagem e colocarmos em perigo todas as populações animais e humanas que habitam naquela área.”
O Presidente da FACIRC, Fernando Castanheira Pinto, destacou a relação da caça e natureza, dando como exemplo o trabalho desenvolvido na Serra de Bornes, “onde ao mesmo tempo que temos um cercado de corços onde fazemos experiências com as universidades e associações, estivemos ontem e vamos estar amanhã, sábado".
Nota de Imprensa da CM Macedo de Cavaleiros
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