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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Restaurantes de Mirandela desafiados a criar cartas de azeites DOP transmontanos

Criar uma carta dos azeites com Denominação de Origem Protegida de Trás-os-Montes para estar disponível nos restaurantes de Mirandela. Um desafio lançado à restauração, pela AOTAD (Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes), pela APPITAD (Associação de Produtores em Protecção Integrada) e pelo município de Mirandela, durante a 12ª edição do festival de sabores do azeite novo, que decorreu, nas duas últimas semanas na cidade do Tua.
“Não basta nós produzirmos dos melhores azeites do Mundo, é importante também que eles estejam presentes na gastronomia local. É importante que o consumidor, quando vem a Mirandela não passe só pelos olivais mas que possa usufruir da paixão por este produto. O que se pretende é que haja uma interligação muito próxima entre os produtores, os municípios, a associação de olivicultores, que é a entidade que gere a DOP e os restaurantes”, explicou Francisco Pavão, da APPITAD.

Nesse sentido, os produtores comprometem-se a dar formação gratuita aos proprietários dos restaurantes para poderem aconselhar os consumidores na hora de escolher o azeite que melhor se adequa a cada prato. “Queremos dar formação à restauração para poder aconselhar o consumidor, à semelhança daquilo que faz com os vinhos”, acrescentou.

Entre 2007 e 2012, já tinham sido implementadas cartas de azeite, mas apenas produzidos no concelho de Mirandela. Agora, o objectivo é alargar a todos os azeites DOP de Trás-os-Montes.

Esta é uma ideia que tem vindo a ser defendida por vários críticos gastronómicos e chefs de cozinha. Um dos principais impulsionadores da mesma é Edgardo Pacheco, autor do primeiro guia de azeites de Portugal, que foi apresentado durante o festival de sabores do azeite novo.

O jornalista acredita que este guia poderá ser o primeiro passo para a implementação de cartas de azeite nos restaurantes, um pouco por todo o país. “Alguns restaurantes, muito poucos, já têm. Mas tem sido curioso que, a partir do momento em que foi publicado este guia de azeites, ouça cozinheiros, chefs, alguns até de renome, a preocuparem-se mais com essa matéria e até a procurarem-me para partilharem ideias comigo sobre esse assunto. A partir de agora, estou convencido de que esse trabalho vai ser feito e que daqui a um ou dois anos, haverá um conjunto de restaurantes com cartas de azeites bem feitas”, considera.

Edgardo Pacheco considera essencial  “educar” os consumidores para a cultura do azeite, o que poderá trazer vantagens a vários níveis, incluindo para o desenvolvimento da economia em torno deste produto. “Eu quero chegar a um restaurante e poder ter dois ou três azeites diferentes e saber que, se eu pedir uma carne assada, tenho um perfil de azeite indicado para aquela carne, se pedir um peixe cozido ou grelhado, preciso de um outro azeite…. Isto é um trabalho que tem a ver com a educação, com os restaurantes, até com os jornalistas… No dia em que isso for possível, teremos uma cultura gastronómica na área do azeite, que depois tem impacto a nível económico”, acrescentou o apresentador do programa “Prato da Casa”, da CMTV.

Este é um dos temas abordados por Edgardo Pacheco, numa entrevista em que fala ainda das características que tornam os azeites transmontanos únicos, a nível internacional, para ler no Jornal Nordeste desta semana. 

Escrito por Terra Quente(CIR)/Brigantia

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