O aniversário de Bragança, ontem, foi o dia escolhido para inaugurar o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano. Situado na rua Abílio Beça, num prédio contíguo ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, partilha com este espaço o mesmo arquitecto: Eduardo Souto de Moura. A unidade museológica pretende dar a conhecer às actuais gerações a forte presença judaica na região.
A autarquia considerou “importante preservar a memória e conhecer a história, fazendo com que se pudesse fazer uma homenagem a todos os judeus que estiveram no distrito de Bragança”, sublinhou na cerimónia o autarca de Bragança, Hernâni Dias.
O equipamento foi projectado para “levar a um conhecimento mais alargado e aprofundado das raízes históricas” dos brigantinos e transmontanos.
O equipamento foi projectado para levar a um conhecimento mais alargado das raízes históricas” dos brigantinos e transmontanos e também à atracção de turistas nacionais e internacionais que se interessem por esta matéria:
“Pela temática que aborda, é um equipamento cultural de referência que há-de funcionar muito bem a nível nacional e internacional, na atracção de turistas”, acredita o autarca.
O projecto que custou cerca de 1 milhão de euros e recebeu financiamento comunitário. O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Freire de Sousa, destacou o papel do apoio de fundos europeus no desenvolvimento que parte dos agentes locais.
“Portugal, nestes 30 anos recebeu qualquer coisa como 9 milhões de euros por dia, para um conjunto de situações de vários âmbitos”, referiu. Para Freire de Sousa, nos momentos de festa deve ser sublinhado que “os fundos de coesão e de desenvolvimento regional são uma componente muito importante da presença de Portugal na Europa” e apontou os benefícios do modelo de vida europeu “num momento perigoso como o que se vive há algum tempo”.
Com uma forte componente multimédia e interactiva, no espaço é prestada homenagem a ilustres judeus de origem transmontana como Oróbio de Castro, Jacob de Castro Sarmento e Jorge Luís Borges, entre muitos outros.
Na mesma rua vai nascer um outro projecto: um centro de documentação e memorial sefardita, que está já a ser construído e será dedicado à temática dos judeus de Bragança, complementando o Centro inaugurado esta segunda-feira.
Foi possível construí-lo devido ao financiamento atribuído pela embaixada da Noruega. O município espera ter este equipamento pronto em Abril e inaugurado em Junho.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
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(Henrique Martins)
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