Cerca de mil caretos e outras figuras endiabradas invadiram as ruas da cidade de Bragança este sábado, para um desfile de Carnaval, com representação de tradições bem genuínas do Nordeste Transmontano.
Um corso, que com as tropelias e diabruras que às figuras mascaradas se permitem por estes dias, levou muitos a assistir.
Foram cerca de 20 os grupos de mascarados, do distrito de Bragança e também de Espanha, e de gaiteiros que animaram a cidade ao longo da tarde.
Uma jovem de Vila Boa, Ousilhão, Vinhais, disse que se veste de careto “para não deixar acabar a tradição e assim mantém-se a tradição na aldeia”.
“Deixou de haver homens e começou a haver mulheres a vestirem-se também”, refere outra rapariga que há dois anos veste o traje tradicional de Grijó de Parada.
“É a festa dos caretos, anda-se de funil de porta em porta a botar os jogos à praça, durante a noite toda de 25 ara 26 de Dezembro”, na Torre de Dona Chama, referiu um dos participantes no desfile.
Em Bragança as brincadeiras duraram toda a tarde, para animar quem foi até ao centro histórico.
E o desfile que integrou ainda as escolas e outras instituições terminou com a queima do diabo na Praça Cavaleiro Ferreira.
Esta foi a edição em que mais gente participou no desfile e com grande afluência de público como destacou o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias.
“Há um grande crescimento, quer pelo número de participantes que pelo número de pessoas a assistir ao desfile, neste que e um carnaval mais genuíno, é o nosso carnaval”, frisou o autarca.
E em Bragança, os festejos carnavalescos só terminam quarta-feira, dia em que sai à rua “O diabo, a morte e a censura”.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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