Emanuel Baptista, da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, denuncia o perigo de incêndio originado pelas ervas nos terrenos agrícolas.
Um problema que vem dos incentivos do ministério da agricultura, para que se deixe ficar as ervas rasteiras nos terrenos, a fim de evitar a erosão do solo. Contudo, este ano com a seca severa que o país atravessa, em zonas como o Nordeste Transmontano essa erva pode facilmente ser uma acha de incêndio.
“ Nós temos um olival que como se costuma dizer está num mau cultivo. Com as ajudas comunitárias que nos estão a ser fornecidas estão a incentivar-nos a para que deixemos a erva no olival, para evitar a erosão. Mas devia haver regras que obrigasse o agricultor a fazer capinagem dos olivais porque neste momento se aparecer um incêndio, por exemplo, na zona de Mirandela se calhar metade dos olivais vão embora”, explica.
Os incêndios atacam cada vez mais zonas agrícolas da região devido à desertificação e abandono das terras. A responsabilidade é atribuída ao ministério da agricultura que, por vezes, não adapta as regras à realidade do sector em cada região.
“É uma situação que está dependente do nosso ministro da agricultura, que é o poder central. Meia dúzia de pessoas, que estão no poder central, fazem as regras desdobram dos regulamentos comunitários para as nossas ajudas regionais, só que muitas delas não se adaptam à nossa região. Somos uma região extremamente seca, quando estamos, no caso do olival, a deixar ficar o arrelvamento como há pouca água estão a fazer um foco para o incêndio e facilmente eles ardem”, sublinha.
Considerações de um especialista, numa altura em que os incêndios são cada vez mais frequentes na região em terrenos agrícolas e quando se fala da necessidade de adoptar mais medidas de prevenção.
Escrito por Brigantia // Foto: lagar da sancha
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