quinta-feira, 12 de abril de 2018

S. PEDRO VELHO - Freguesias do Concelho de Mirandela

S. PEDRO VELHO é uma freguesia do concelho de Mirandela, donde dista cerca de 30 km.
Situa se na margem direita do rio Tuela, a 5 km da Torre de D. Chama, numa zona montanhosa irregular e de boas matas de sobreiros. O seu passado é remoto, pois é uma área onde viveram os povos pré históricos e outras civilizações bastante distantes de nós no tempo. Foi um Curato anual da apresentação do Abade de Guide, no termo da Vila de Torre de D. Chama, tendo pertencido a este concelho até 24 10 1855. Ali possuía fazendas a Ordem do Hospital.
Compreende as anexas de Ervideira e de Vilar de Ouro. O orago éS. Bartolomeu. Em 1950 contava com 1.233 habitantes, sendo 626 do sexo masculino e 607 do feminino, altura em que tinha 2 professores, 4 mercearias e 5 lavradores/agricultores. Em 1991 eram 520 residentes, e, em 2001 somavam 413, dos quais 202 eram do sexo masculino. A ocupação básica é a agricultura, com produções abundantes de azeitona, vinho, batata, trigo, centeio, frutas. Os quatro ribeiros (Carvalhelha, Povo, Pavão e Forno), que atravessam a zona do povoado, ajudam a tornar mais férteis os seus apertados vales. Tirando alguns rebanhos e uma pecuária caseira, poucas outras actividades existem, conservavam ainda em 1995: 2 lagares de azeite, 1 padaria e Forno, 3 cafés, 1 taberna, 1 supermercado, 1 sapateiro, 2 barbeiros, 1 carpinteiro. Por isso, lá se vão contentando com as suas estruturas, pois já têm saneamento, ruas calcetadas e água canalizada. Deixando a estrada da Torre para a Bouça, e virando para Rebordelo, encontramos os Montes da Urreta, do Calvário, do Cabeço, que parecem abrigar o aglomerado das casas
Na verdade, descobrimos S. Pedro Velho como uma povoação de características bem próprias.
A Rua do Bairro, o Largo da sede da Junta, a Rua do Outeiro, ou a Rua do Cruzeiro, a Rua da Igreja, são pontos obrigatórios de passagem e de convívio. Aliás, para isso e ajudar a passar os tempos de lazer, têm uma enorme Casa da Junta, com um grandioso salão, onde fazem convívios e até bailes frequentes. Outros pontos de realce são o campo de Futebol, a Escola Pré primária e Primária com seu imponente edifício. S. Pedro Velho mantém algumas casas rurais ricas, em cantaria, com varandas em ferro forjado. A Fonte do Souto, o Lavadouro, o Monte do Calvário (cuja festa é a 24 de Agosto), a sua Capela, escadaria pela encosta íngreme e os seus típicos nichos, são dignos de serem visitados. A Igreja de S. Pedro Velho, é um templo que tem o S. Pedro com as Chaves na mão na parede fronteira com campanário e 2 sinos. Foi restaurada, ostentando o seu belo granito, tornando se mais rústica e agradável para a vista. Na parte interior conserva o Coro em madeira, talha dourada no altar-mor, e piso com pedra aparelhada. O tecto é belo e em madeira, com pinturas e desenhos de vários Santos, que inclui a data de 1850 como da sua realização. No adro, ao lado nascente, a Casa Paroquial.
Ervideira, aldeia anexa de S. Pedro Velho, apresenta as suas ruas estreitas, o casario envelhecido pelo tempo, ou as suas hortas que dão um pouco de tudo para a subsistência dos locais.
Vilar d'Ouro - Deixando a estrada que da Bouça segue para Vinhais, mesmo na proximidade de Soutilha, curva se à direita por uma via estreita, mas alcatroada. A pouco mais de 1.5 km, surgem várias habitações para a direita da via, com um acesso directo. E, depois, uns metros mais à frente, outro de saída (ou entrada, conforme os casos). Chega se assim a Vilar d'Ouro.
Uma aldeia que pertence à freguesia de S. Pedro Velho cerca de mil e oitocentos metros. É um povoado bem agrupado, ruas estreitas, muitas casas em xisto e em granito, com varandas de madeira, parte delas em ruínas e desabitadas. O Largo do Prado é espaçoso, com algumas árvores e uma mesa feita de uma mó granítica de um lagar de azeite. Os seus moradores não atingem mais de meia centena, e todos se dedicam à agricultura, mais ou menos a tempo inteiro. Dois destaques: a pequena Capela à saída pela via de acesso nascente, com a data de 1918, alpendre, púlpito à porta de entrada. O outro realce vai para duas casas brasonadas, na ponta sudeste da aldeia, uma frente da outra. Distintas e contrastantes. Uma, mais baixa, caiada, escadas e patamar exteriores. A outra, maior, de varandas em ferro forjado, cantaria à vista, e Brasão aposto. Ambas pertencem agora à família Romano, embora a última através de aquisição ainda não muito distante.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

2 comentários:

  1. Conheço bem esta localidade terra de gente boa com o sentido Transmontano de bem receber Com seu pedestre Anual que cativa Estarei sempre por perto dessa linda aldeia onde felizmente tenho alguns amigos .

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  2. Nasci nesta terra sai de lá muito cedo mas adoro esta minha terra .

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