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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

S. PEDRO VELHO - Freguesias do Concelho de Mirandela

S. PEDRO VELHO é uma freguesia do concelho de Mirandela, donde dista cerca de 30 km.
Situa se na margem direita do rio Tuela, a 5 km da Torre de D. Chama, numa zona montanhosa irregular e de boas matas de sobreiros. O seu passado é remoto, pois é uma área onde viveram os povos pré históricos e outras civilizações bastante distantes de nós no tempo. Foi um Curato anual da apresentação do Abade de Guide, no termo da Vila de Torre de D. Chama, tendo pertencido a este concelho até 24 10 1855. Ali possuía fazendas a Ordem do Hospital.
Compreende as anexas de Ervideira e de Vilar de Ouro. O orago éS. Bartolomeu. Em 1950 contava com 1.233 habitantes, sendo 626 do sexo masculino e 607 do feminino, altura em que tinha 2 professores, 4 mercearias e 5 lavradores/agricultores. Em 1991 eram 520 residentes, e, em 2001 somavam 413, dos quais 202 eram do sexo masculino. A ocupação básica é a agricultura, com produções abundantes de azeitona, vinho, batata, trigo, centeio, frutas. Os quatro ribeiros (Carvalhelha, Povo, Pavão e Forno), que atravessam a zona do povoado, ajudam a tornar mais férteis os seus apertados vales. Tirando alguns rebanhos e uma pecuária caseira, poucas outras actividades existem, conservavam ainda em 1995: 2 lagares de azeite, 1 padaria e Forno, 3 cafés, 1 taberna, 1 supermercado, 1 sapateiro, 2 barbeiros, 1 carpinteiro. Por isso, lá se vão contentando com as suas estruturas, pois já têm saneamento, ruas calcetadas e água canalizada. Deixando a estrada da Torre para a Bouça, e virando para Rebordelo, encontramos os Montes da Urreta, do Calvário, do Cabeço, que parecem abrigar o aglomerado das casas
Na verdade, descobrimos S. Pedro Velho como uma povoação de características bem próprias.
A Rua do Bairro, o Largo da sede da Junta, a Rua do Outeiro, ou a Rua do Cruzeiro, a Rua da Igreja, são pontos obrigatórios de passagem e de convívio. Aliás, para isso e ajudar a passar os tempos de lazer, têm uma enorme Casa da Junta, com um grandioso salão, onde fazem convívios e até bailes frequentes. Outros pontos de realce são o campo de Futebol, a Escola Pré primária e Primária com seu imponente edifício. S. Pedro Velho mantém algumas casas rurais ricas, em cantaria, com varandas em ferro forjado. A Fonte do Souto, o Lavadouro, o Monte do Calvário (cuja festa é a 24 de Agosto), a sua Capela, escadaria pela encosta íngreme e os seus típicos nichos, são dignos de serem visitados. A Igreja de S. Pedro Velho, é um templo que tem o S. Pedro com as Chaves na mão na parede fronteira com campanário e 2 sinos. Foi restaurada, ostentando o seu belo granito, tornando se mais rústica e agradável para a vista. Na parte interior conserva o Coro em madeira, talha dourada no altar-mor, e piso com pedra aparelhada. O tecto é belo e em madeira, com pinturas e desenhos de vários Santos, que inclui a data de 1850 como da sua realização. No adro, ao lado nascente, a Casa Paroquial.
Ervideira, aldeia anexa de S. Pedro Velho, apresenta as suas ruas estreitas, o casario envelhecido pelo tempo, ou as suas hortas que dão um pouco de tudo para a subsistência dos locais.
Vilar d'Ouro - Deixando a estrada que da Bouça segue para Vinhais, mesmo na proximidade de Soutilha, curva se à direita por uma via estreita, mas alcatroada. A pouco mais de 1.5 km, surgem várias habitações para a direita da via, com um acesso directo. E, depois, uns metros mais à frente, outro de saída (ou entrada, conforme os casos). Chega se assim a Vilar d'Ouro.
Uma aldeia que pertence à freguesia de S. Pedro Velho cerca de mil e oitocentos metros. É um povoado bem agrupado, ruas estreitas, muitas casas em xisto e em granito, com varandas de madeira, parte delas em ruínas e desabitadas. O Largo do Prado é espaçoso, com algumas árvores e uma mesa feita de uma mó granítica de um lagar de azeite. Os seus moradores não atingem mais de meia centena, e todos se dedicam à agricultura, mais ou menos a tempo inteiro. Dois destaques: a pequena Capela à saída pela via de acesso nascente, com a data de 1918, alpendre, púlpito à porta de entrada. O outro realce vai para duas casas brasonadas, na ponta sudeste da aldeia, uma frente da outra. Distintas e contrastantes. Uma, mais baixa, caiada, escadas e patamar exteriores. A outra, maior, de varandas em ferro forjado, cantaria à vista, e Brasão aposto. Ambas pertencem agora à família Romano, embora a última através de aquisição ainda não muito distante.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

2 comentários:

  1. Conheço bem esta localidade terra de gente boa com o sentido Transmontano de bem receber Com seu pedestre Anual que cativa Estarei sempre por perto dessa linda aldeia onde felizmente tenho alguns amigos .

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  2. Nasci nesta terra sai de lá muito cedo mas adoro esta minha terra .

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