A tranquilidade da cidade de Bragança, o ambiente, as condições de trabalho e a forma como os brigantinos recebem as pessoas, são os grandes motivos apontados por quem troca o país de origem pela capital de distrito.
Entre residentes oriundos de outros países e alunos de erasmus, que escolheram o politécnico de Bragança para estudar, há perto de três mil migrantes, de 30 nacionalidades na cidade. “Aqui temos melhores situações que no Brasil”, disse Delma Fernandes, que veio da Baía, no Brasil. Em Bragança há 17 anos, a “paz” e a “tranquilidade” é o que mais gosta por aqui. “ Estou aqui há três anos e meio, vim de Erasmus e depois decidi ficar. Acabei o curso e decidi ficar por causa da liberdade”, contou Gabriele Abellonio, que veio de uma cidade perto de Turim, no norte da Itália. Já Antónia Abreu, do Maranhão, no Brasil, está em Bragança há 15 anos e veio há procura de “novas oportunidades” e diz que vai continuar cá “para sempre”. Na cidade há dois anos e meio, da capital do Nepal, Catmandu, veio Saurabh Poudel, de 20 anos. Primeiro veio sozinho, também de Erasmus e depois acabou por convencer os país a vir para Bragança, onde abriram um restaurante com a comida do país de origem. “Primeiro vim para aqui sozinho e depois vi que aqui havia um bom ambiente para abrir um restaurante de comida indiana e nepalesa e trouxe os meus pais”, contou.
Uma vez por ano, alguns destes migrantes, reúnem-se num almoço que a autarquia de Bragança organiza para se conhecerem entre si e partilhar experiências, frisou a vereadora da câmara, Fernanda Silva. “É um forma de podermos, anualmente, fazer o ponto da situação relativamente aos migrantes que vão ficando na nossa cidade, de os conhecermos noutros contextos e de eles se conhecerem, partilhar dificuldades e anseios, a sua experiência enquanto comunidade migrante residente em Bragança. É importante ver esta perspetiva da parte deles em relação à cidade e de que forma a vivem”.
Estes migrantes estão sobretudo a trabalhar em algumas fábricas da cidade. Fernanda Silva admite que é interesse da autarquia que integrem outras áreas pois a cidade tinha mais a ganhar. “Relativamente às grandes dificuldades passa pela língua, e, nesse sentido, temos um programa, que se chama 'Português Para Todos', a funcionar na escola Emídio Garcia, que dá uma resposta muito válida. A seguir é também a empregabilidade, estão em fábricas e em pequenas empresas e estamos a tentar que integrem outras áreas, nomeadamente em serviços públicos, porque a cidade só tinha a ganhar”.
O "Bragança e a Comunidade Internacional" acontece há 15 anos e juntou desta vez, no sábado, perto de 150 pessoas.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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