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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bastonário dos Médicos exige reforço do Serviço Nacional de Saúde e afirma que em Bragança "qualquer dia não há médicos"

O bastonário da Ordem dos Médicos disse esta segunda-feira que no ano passado o Estado gastou 104 milhões de euros com empresas prestadoras de serviços e “encomendou muitas horas a tarefeiros”, exigindo um reforço no Serviço Nacional de Saúde.
Miguel Guimarães, que falava aos jornalistas depois de visitar o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, foi questionado sobre uma notícia da TSF, segundo a qual o Estado gastou, em 2018, 925,8 milhões de euros com meios complementares de diagnóstico e terapêutica feitos no privado, mais 99,4 milhões que em 2015, no início da legislatura, tendo referido que esta situação “reflete a incapacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

“Em 2017, do Orçamento do Estado foram transferidos para o setor privado e social 2,4 mil milhões de euros. Em relação a empresas prestadoras de serviços gastaram-se 104 milhões de euros no ano passado. Contratámos mais horas a tarefeiros. Há uma incapacidade de resposta nossa”, constatou o bastonário.

Miguel Guimarães frisou que o SNS “infelizmente não tem capacidade de resposta para fazer as cirurgias no tempo aceitável, para fazer milhares ou milhões de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, entre outras necessidades”, tendo acusado o Ministério da Saúde de “fazer ouvidos moucos” face a esta situação.

Também questionado sobre o anúncio de que o Governo vai contratar este ano mil novos técnicos superiores para a Administração Pública, estando previsto priorizar os setores da Educação e da Saúde, referiu que o país “até poderá ter mais profissionais de saúde em números, mas isso não significa mais força de trabalho”.

“Os descansos compensatórios são importantíssimos e foi este Governo que implementou, mas é obrigatório que existam mais profissionais para existir capacidade de resposta. Atualmente 1.600 médicos têm horários reduzidos. Continuará a existir incapacidade de resposta”, frisou.

Miguel Guimarães iniciou hoje uma série de visitas a hospitais do país, iniciativa que começou em Gaia onde no ano passado 52 diretores clínicos ameaçaram demitir-se por várias ocasiões e desde abril é liderada provisoriamente por José Pedro Moreira da Silva, após a saída do anterior presidente do conselho de administração, António Dias Alves.

O bastonário comentou a realidade atual da área de obstetrícia do Algarve.

“Já se sabe que quer a maternidade de Faro, quer a de Portimão têm uma deficiência gravíssima de capital humano, contrariamente ao que tem sido dito pelos responsáveis. Faltam obstetras e neonatologistas. Quando temos uma região do país onde nesta altura do ano a população triplica, é uma janela do país para o exterior e não reforçamos a capacidade de resposta destas unidades, obviamente que alguma coisa está mal”, referiu.

Miguel Guimarães falou, ainda, de situações que pretende tornar público através de um relatório que quer enviar à ministra da Saúde, Marta Temido.

“Se começar a falar de casos, tenho de percorrer o país de lés a lés e falar, por exemplo, de Bragança onde qualquer dia não temos médicos ou Beja onde mais de 70% dos médicos tem mais de 62 anos, entre muitos outros”, concluiu.

Porto Canal
C/Agência Lusa

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