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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Festival que nasceu num campo da bola une gerações e povos irmãos

Quintanilha Rock: atingiu a maioridade o festival ibérico, amigo da natureza e onde do cardápio só faz parte a verdadeira comida transmontana.

O Quintanilha Rock, que decorre na aldeia brigantina que lhe dá nome, começou quinta-feira e estendeu-se até sábado. O evento tem agitado as águas do Maçãs, no Colado, a pouco mais de quilómetro e meio da localidade, mas de há dois anos para cá, antes de pôr o rio a mexer, tem subido à própria aldeia para que os festivaleiros conheçam os recantos de Quintanilha e para que os locais o assumam como um evento seu.
Para Manuel Fernandes, filho da terra, trazer o festival à aldeia “é uma alegria”, já o evento em si “é uma maneira de desopilar no verão”, até porque “durante o ano isto está morto”. E desengane-se quem acredita que a azáfama incomoda pois “o barulho desperta a energia que aqui há adormecida”.
Sentado num amontoado de pedras, à porta de uma das adegas que se abriu, no primeiro dia, José Miranda, na aldeia nascido e criado, ia contando que “os visitantes fazem falta”. Note-se que não era poucos os que iam entrando e saindo para provar vinho e comer presunto.
Além do assento, Duarte Tomé também partilhava opinião com o conterrâneo. “Ficamos muito contentes de ver cá tanta gente”, assumiu.
Henrique Martins não é da aldeia mas “é como se fosse” e para ele, presença assídua no festival, desde os seus primórdios, a receber festivaleiros e locais, enquanto ia partindo presunto e trocando conversa, contava que o que o distingue dos demais é o “encontro intergeracional”.
Nem só de música se faz um festival assim. O aroma da comida transmontana, feita ao lume, em potes ou na grelha, é uma das memórias que o Quintanilha Rock deixa aos festivaleiros. Pelas mesas do Colado, onde as refeições são comunitárias, não faltou feijoada de javali, galo no pote e trilogia de porco bísaro. Entre repetentes e novatos, quem por aqui passa não fica indiferente.
Pedro Rodrigues conhece o festival desde os primeiros tempos e faz questão de vir porque “é muito familiar” e “as pessoas são muito acessíveis”. Pela primeira vez em Bragança, mas da Guarda, veio José Moreira. O festival representa o que encontrou quando se mudou para Trás-os-Montes: “acolhimento” e “disposição” das gentes para “ajudar”.
O Quintanilha Rock que,quando o mudaram para o Colado, paredes meias com o Maçãs, lhe chamaram Rock in Rio, começou por “brincadeira”.
Antigamente era uma noite e integrava a festa do Santo da Viola, padroeiro da juventude. “Faziam-se dois dias de festa e um era dedicado ao rock”, começou por relembrar Leonor Afonso, da organização. “Primeiro foi no campo de futebol e depois começou a acontecer no rio e transformou-se no que hoje conhecemos”, assinalou. E voltamos à adega para recuperar uma frase exemplificativa do começo do rock em Quintanilha. 
A fazer companhia a Henrique Martins estava um dos fundadores. Manuel Lopes, de Bragança, diz que isto “foi uma maluquice”.
Lembraram-se e pronto...
Mas tem havido cada vez mais gente? “Não queremos que isto tenha gente, queremos que tenha boa gente. É um festival de nós para vós”, frisou.
O Quintanilha Rock marcou a maioridade com a presença de mais de 30 músicos locais. E neste ano, em que se sopraram as 18 velas, a aldeia, que recebeu cerca de seis mil pessoas, deu-se ainda a conhecer através de cartas de amor que lhe foram escritas à mão pelos locais e depois musicadas para todos ouvirem.
Uma das principais novidades desta edição foram as várias iniciativas que decorreram no sábado, direccionadas para pais e filhos. Raiva Rosa, Cassete Pirata, Fast Eddie Nelson e Whales foram alguns dos nomes do cartaz de 2019.

Carina Alves
in:jornalnordeste.com

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