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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A TIA ESTER DA MOTO QUATRO

Olá gentinha boa e amiga!

Nos últimos dias o Verão meteu férias, para alegria dos nossos agricultores, que vêem os seus campos dourados, com o ouro que caiu do céu. Esta água pinta aos castanheiros e oliveiras mas, como não há bela sem senão, quem está de férias o que quer é calor, para poder disfrutar das nossas praias fluviais e piscinas.
Quem também não ficou nada contente, com estes dias de chuva, foram os mordomos das festas, porque a chuva acaba sempre por afastar alguns romeiros e, neste mês de Agosto, todos os dias há festas.
Na quarta e quinta feira, foram muitas as localidades do distrito brindadas com a passagem da 6.ª e 7.ª etapas da Volta a Portugal em Bicicleta. Houve sempre bastantes pessoas nas ruas que quiseram aplaudir a passagem dos ciclistas, apesar da chuva. A propósito deste evento, na quarta-feira de manhã, no programa da RTP 1 «Há Volta», em directo da Praça da Sé, em Bragança, entrei em milhares de casas, desta vez não só com a voz mas também com a imagem, gritando ao mundo o amor e a amizade que se vai fazendo através das ondas hertesianas, continuando a fazer da nossa rádio uma autêntica e verdadeira família.
A nível agrícola, o nosso secretário para a agricultura, o tio Rebelo, de Real Covo (Valpaços), disse-nos que este é um bom ano de batatas, tendo sido fraco em cereal e tudo indica que será também um bom ano de castanha. A tia Joaquina, de S. Julião de Palácios (Bragança), disse-nos que não se lembra de “ter tamanho feijoal, sem nunca o ter regado”.
Na última semana festejaram o seu aniversário connosco a tia Alexandrina Monteiro (69), de Martim (Murça); Bruno Rebelo (44), de Real Covo (Valpaços); Helena Rodrigues (48), de Viduedo (Bragança); Augusto Folgada (51), de Lodares (Vila Real); Guilherme Martins (71), de Agrochão (Vinhais); Augusto Machado (70), das Quintas da Seara (Bragança); Assédio (77), de Coelhoso (Bragança); José Carlos (67), de Parada (Bragança); Corina Alves (66), de Constantim (Miranda do Douro); Paco (50), da Sanábria (Espanha), genro da tia Antónia de Rio Frio (Bragança) e António Roque (83), de Vilartão (Alfândega da Fé). Para todos muita saúde, que coza o forno e que o pão seja nosso…

Agora vamos conhecer melhor a tia Ester, da moto quatro.

No último fim-de-semana tivemos mais uma concentração motard em Bragança. Nos últimos anos, tem-se assistido à participação de muitas moto quatro, coisa que não acontecia antes. Também há cada vez mais quem utilize este meio de transporte para se deslocar aos seus terrenos agrícolas no dia-a-dia. Dizem que a aldeia de Babe (Bragança) é a localidade portuguesa com mais moto quatros por habitante.
A tia Ester Sábio, mais conhecida como a Ester da moto quatro, nascida em Vale de Abelheira (Vinhais) e a viver há mais de 40 anos no Bairro do Couto, em Bragança, foi o terceiro elemento da Família do Tio João. Na altura andava sempre a pé, depois apareceram os STUB’s (Transportes Urbanos de Bragança) e ela lá se ia desenrascando para fazer a sua vida diária na cidade. Há cerca de 12 anos, quando lhe apareceram problemas de artroses, o seu filho ensinou-a a conduzir o seu mini tractor corta relva, para depois lhe oferecer uma moto quatro, que ainda tem. Há dez anos viu-se obrigada a tirar a carta de condução de moto quatro e confessou-nos com contentamento que “foi à primeira”. Também nos disse que apanha umas “molhas inesperadas” e por isso diz que “no Inverno não venho tantas vezes à cidade”, acrescentando que “nunca tive qualquer acidente ou percalço”.
A tia Ester veio sem nada de Angola, em 1974, onde esteve seis anos. “Tive que me desenrascar numa barraca na Ilha do Rei, onde hoje está a Catedral de Bragança”. Muitas noites “acordei com a cama do meu filho a fazer barulho, por se coçar com tantos percevejos”. Quando chovia “a água passava pelo meio da barraca”. Um ano depois, conseguiu um terreno no Bairro do Couto e construiu o seu actual lar, de onde nos liga, sendo uma participante muito activa e com direito a ser cumprimentada por alguns tios e tias que dela se lembram, tanto no nosso programa como nos «Discos Pedidos». Beijinhos para a Tia Ester, da moto quatro.

Tio João
in:jornalnordeste.com

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