Perante este cenário, as preocupações, dos familiares, das autoridades de saúde e de quem gere e trabalha nestas instituições, são cada vez maiores. Graciete Pinto, directora técnica de um lar em Bragança, assumiu que foram tomadas ali várias medidas e que a vida dos colaboradores ficou suspensa para que o risco de contaminar os utentes fosse o mais reduzido possível. Naquele lar foram assim criadas três equipas de trabalho.
“Estamos a fazer um plano de 24 sob 24 horas e dividimos o grupo de trabalho em três partes. Cada semana trabalha um grupo de 9 colaboradores e de 1 enfermeira, que se desloca para casa, todos os outros ficamos cá a dormir”, explicou a directora técnica.
Graciete Pinto acreditou que esta é uma boa medida mas sublinha que era preciso que fossem feitos testes cada vez que uma equipa começa a semana de trabalho.
“Aquilo que me dizem e que eu acredito que seja apenas uma desculpa é que a gente pode fazer o teste hoje e dar negativo e pode dar positivo amanhã, mas também pode dar positivo hoje e a pessoa já não entra no lar”.
Neste lar, ainda antes da pandemia chegar a Portugal, foram desde logo tomadas medidas, como compra de material de protecção e limitação do número de visitas aos utentes.
Cerca de metade das pessoas que estão nos lares do país têm mais de 80 anos. Vários autarcas e associações do sector têm vindo a assumir grandes preocupações já que estas instituições podem ser uma bomba-relógio visto que, desde o começo da pandemia em Portugal, não haveria grandes meios para fazer testes e os constrangimentos têm continuado, apesar dos programas e parcerias do Governo.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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