“𝑁𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑢 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑢𝑚 𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑖𝑟𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑖𝑜, 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒𝑖 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑢𝑚 𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑖𝑟𝑒 𝑒 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑡𝑎𝑟𝑑𝑒 𝑗𝑎́ 𝑚𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑖𝑟𝑒𝑠. 𝑃𝑒𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑒 𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖𝑟 𝑏𝑢𝑠𝑐𝑎𝑟 𝑜 𝑝𝑎̃𝑜.” Mestre Abílio
O Mestre Abílio dos Inocentes seguiu a profissão de barbeiro, prestando os seus serviços nas aldeias de Portela, Oleiros, Gondesende, Castrelos, Sabariz, Donai e Lagomar.
Andava a pé de aldeia em aldeia, carregando uma pesada caixa de zinco feita por si, onde guardava todo o material e ferramentas de barbeiro - tosquiadeiras, aparadores, tesouras, pentes, desinfetantes, lâminas de barbear,…
As suas deslocações entre aldeias eram quase sempre feitas durante a noite, sendo muitas vezes acompanhado pelos lobos.
Nesse tempo era normal o trabalho ser feito em casa do cliente e pago à geeira.
O Mestre Abílio cortava os cabelos e as barbas e recebia como pagamento centeio, que juntamente com os produtos da terra asseguravam-lhe o sustento durante o ano.
Ainda hoje guarda religiosamente a cadeira de barbeiro e a caixa que fez com o zinco que comprara em Bragança, assim como o material e as ferramentas do seu trabalho de outrora.
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