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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 1 de março de 2022

Bragança com barragens cheias, pastagens são "situação muito preocupante"

 A seca extrema em Bragança é "preocupante" na falta de pastagens para os animais. Ainda assim, não é visível nas barragens, que estão em plena capacidade.


A seca extrema em que se encontra Bragança, segundo o IPMA, é visível e “preocupante” na falta de pastagens para os animais, mas sem efeito nas barragens de abastecimento à população, segundo disse esta segunda-feira o presidente da Câmara.

No último relatório sobre a situação de seca em Portugal, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou o território de Bragança em situação de seca extrema, o único no norte do país com esta classificação face à falta de chuva dos últimos meses.

“As nossas barragens estão em plena capacidade. Para já, não temos ainda nenhuma situação crítica”, disse à Lusa o autarca, Hernâni Dias, acrescentando que o município ainda não teve necessidade de fazer qualquer intervenção nesse sentido, o que “dá algum conforto em termos de abastecimento”.

A cidade e parte do concelho de Bragança são abastecidos pelo chamado sistema do Alto Sabor, com duas barragens, a da Serra Serrada, que é aquela que funciona permanentemente, e a da Veiguinhas, construída mais recentemente como um reservatório para quando tudo o resto falhar.

Neste momento, segundo o autarca, a população está a ser abastecida com a água que “extravasa” da Serra Serrada, pois “a barragem ainda está a ser alimentada por linhas de água” naturais, em pleno Parque Natural de Montesinho.

“Ainda não temos necessidade de baixar rigorosamente nada ao nível das barragens e isso dá-nos algum conforto naquilo que tem a ver com o abastecimento”, declarou o autarca.

O autarca salientou que o município está a tomar precauções “no sentido de garantir uma boa reserva de água para aquilo que poder vir a acontecer”, e não descarta tomar medidas que evitem o desperdício de água.

“Há muitas atitudes das pessoas, muitos comportamentos que não são ajustados a este tipo de situação, nomeadamente lavagem de viaturas, rega de jardins, de ruas. Tudo isso pode vir, se a situação continuar a piorar, a ser algo que mereça uma atenção especial e que nós tenhamos de intervir”, concretizou.

Também a autarquia admite rever algumas práticas ao nível da rega de espaços verdes que ainda não estão autonomizados, ou seja, que ainda não estão a ser regados com sistemas alternativos.

A situação “muito preocupante” no concelho de Bragança, como destacou, é o setor agrícola, concretamente a pecuária, devido à falta de alimento natural nos pastos.

“Os nossos produtores já não têm a possibilidade de alimentar os seus animais nos pastos porque eles não rebentam, não têm humidade e, portanto, estão secos, recorrendo obrigatoriamente a rações, a forragens que têm que ser adquiridas, o que começa a colocar em causa algumas explorações”, indicou.

A situação acarreta “gastos acrescidos” para os produtos de gado e “situações em que inclusivamente pode começar a escassear o alimento para os animais, até mesmo o que é comprado, devido a esta perturbação até a nível europeu, fruto da guerra na Ucrânia”.

“Vamos ver se há necessidade de, num curto prazo, haver algumas medidas que levem a minimizar estes efeitos negativos”, referiu, adiantando que a Câmara Municipal “está disposta a dar alguma ajuda”.

Essa ajuda poderá passar por minimizar os impactos económicos, mas também para levar água aos animais, através da Proteção Civil e das duas corporações de bombeiros do concelho, a de Bragança e a de Izeda, com as quais o município renovou esta segunda-feira protocolos de valor global de meio milhão de euros.

Estes protocolos compensam as corporações pelos serviços prestados às populações, nomeadamente o abastecimento de água, com camiões-cisterna, que é recorrente em algumas zonas rurais, em período com mais população, como o verão, em que os sistemas de abastecimento se tornam insuficientes, mesmo sem seca.

“Naquilo que tiver a ver também com a nossa possibilidade, ao nível da Proteção Civil de ajudar no sentido de garantir que não falta água para os próprios animais, é preciso analisar tudo muito bem e percebermos se há alguma situação mais crítica que precise de algum tipo de ajuda”, concretizou.

Francisco Pinto/LUSA

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