A escola cede um terreno que será dividido em 30 talhões, cada um com 190 metros quadrados, que vão ser entregues a famílias que pretendam cultivar e dali retirar produtos para o seu consumo.
As candidaturas estão abertas para toda a comunidade, mas o processo de atribuição de talhões prioriza pessoas ou agregados familiares economicamente carenciados, desempregados, famílias numerosas e beneficiários do rendimento social de inserção,
Dez anos depois de a EPA de Carvalhais ter promovido o projeto “Hortas Sociais”, na altura com a parceria do Município e da fundação EDP, e que durou pouco mais de dois anos, agora o projeto é mais ambicioso porque, para além de ter uma área maior, passou de 24 para 30 talhões, contempla a possibilidade de cada talhão poder ser entregue a seis famílias para cultivarem os produtos para seu consumo.
Há ainda a vertente solidária, já que alunos da escola também vão ter terrenos com os produtos a serem entregues a instituições de solidariedade social do concelho, explica João Ribeiro, o coordenador do projeto “Hortas comunitárias”
“Este projecto é mais ambicioso porque, para além de ter uma área maior, com cerca de 190 metros quadrados, passou de 24 para 30 talhões, contempla a possibilidade de cada talhão poder ser entregue a seis famílias para cultivarem os produtos para seu consumo. Há duas hortas que têm 250 metros quadrados que foram atribuídas a turmas do primeiro e do segundo ano de agro que vão produzir para instituições do concelho ou para pessoas que sejam necessitadas”, conta o coordenador deste projecto.
A EPA vai dar apoio técnico na produção com ações de formação sobre técnicas de agricultura biológica, manutenção de espaço público, trabalho comunitário, compostagem e promoção ambiental.
A água para rega também será suportada pela escola
“Estamos a instalar a rega e a água vai ser gratuita, com a escola a custear a água até determinada quantia. Vamos ter um contador e até aos metros cúbicos que forem determinados nós suportamos, a partir daí teremos depois de falar com as pessoas”, diz.
João Ribeiro acredita que a procura será elevada e que rapidamente vão ser entregues os 30 talhões.
“Estou convencido que vai haver muita gente e o terreno vai ser insuficiente”.
O diretor da EPA, Marcelino Martins, sublinha que esta é mais uma iniciativa que pretende abrir as portas da escola à comunidade e fomentar o espírito comunitário, onde diferentes gerações poderão conviver e partilhar
“Nesta altura de pandemia, as pessoas estiveram fechadas durante muito tempo e aquele espaço na natureza também serve para as pessoas poderem conviver umas com as outras quando estiverem a produzir a sua agricultura sustentável”, diz Marcelino Martins.
As candidaturas às Hortas Comunitárias podem ser feitas na secretaria da Escola Profissional de Agricultura de Carvalhais. Estão abertas para toda a comunidade, se bem que a prioridade de atribuição de talhões vai para pessoas ou agregados familiares economicamente carenciados, desempregados, famílias numerosas e beneficiários do rendimento social de inserção.
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