Fez toda a vida clínica em Vimioso no início do século passado e considera-se que deu impulso decisivo para que o concelho de Vimioso evoluísse em questões de saúde publica e mesmo direitos humanos, como destacou o autarca Jorge Fidalgo.
“Percebemos que era de inteira justiça homenagear um médico que passado 20 dias de concluir a sua licenciatura veio para Vimioso e aqui permaneceu sempre até à sua morte. Tendo nascido no que hoje é o concelho da Trofa, ele é um vimiosense porque fez toda a sua após a sua formação aqui em Vimioso e quem lê os poucos escritos a que tivemos acesso percebemos as preocupações que o Dr. José Joaquim de Moura tinha com a saúde pública, muito ligada às questões da higiene, com a prevenção da doença, na defesa até das mulheres, causas que hoje continuam a ser lutas e conquistas ele foi um visionário”, sustenta.
A I Semana da Saúde e Bem-estar foi marcada por um conjunto de actividades relacionadas com a medicina preventiva e a educação para a saúde, envolvendo nomeadamente as escolas, A iniciativa promovida pelo município de Vimioso e pela Cruz Vermelha de Bragança, com a colaboração da ULS Nordeste e do IPB, será para manter no futuro.
“Nos próximos anos, queremos realizar a segunda semana para a saúde e bem-estar Dr. José Joaquim de Moura, queremos associar uma parte mais científica, com comunicações muito técnicas e específicas, mas queremos, com a Cruz Vermelha e ULS, ir mais para o terreno junto das populações no sentido de trabalhar directamente com elas. Tivemos dois dias nesta semana direcionados especialmente para o agrupamento de escolas e foi feito esse trabalho de sensibilização e sobre trabalho que tem vido a ser feito pela Cruz Vermelha”, afirmou.
Do programa constaram palestras, uma exposição do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos com instrumentos médicos utilizados na época em que o médico homenageado exerceu. Foi ainda descerrado, junto ao centro de saúde, um busto de José Joaquim de Moura. O neto Jorge Moura Maia considera que foi uma homenagem justa o avô.
“Foi uma homenagem justa e simples, dignificante para a família e para o meu próprio avô. Fez a vida dele aqui, teve nove filhos, que não ficaram em Vimioso, mas todos eles receberam uma mensagem de carácter e de trabalho e penso que o legado do meu avô foi cumprido”, afirmou.
José Joaquim de Moura formou-se em Medicina na Escola Médico Cirúrgica do Porto em 1896, ano em foi exercer para Vimioso, onde viveu até à sua morte e foi ainda subdelegado de saúde a partir de 1914.
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