Uma exposição que resultou do aproveitamento de uma segada, recriada no Festival da Lombada, e que agora se tornou arte. O director do Museu Abade Baçal, Jorge da Costa, acredita que esta exposição vai proporcionar sensações aos visitantes. “Não é uma seara acaba de colher, através de um desenho, de uma pintura ou de uma escultura, não. Nós transladámos, no fundo, o campo para o próprio museu. As pessoas que vierem visitar a exposição vão entrar na própria obra. Vão experienciar, sentir o cheiro, ouvir o barulho da palha, vão poder deitar-se, percorre-la. É esta experiência que queremos proporcionar, que é muito rara”.
A exposição é uma aproximação a uma obra de Alberto Carneiro, artista contemporâneo que juntou a arte ao labor rural. Na inauguração, esteve também o director do Centro de Arte Alberto Carneiro, Álvaro Moreira, que explicou o intuito da exposição. “é uma transposição de um determinado contexto agrícola para a nossa proximidade e aproveitar esse momento para reaproximar as pessoas de uma prática e de uma memória, sobretudo nesta região. Por exemplo, em Santo Tirso também ainda está muito presente na vida das pessoas”.
A exposição "Do instrumental ao sensorial: um trilho e uma seara" vai estar patente no Museu Abade Baçal, em Bragança, até 29 de Outubro, quando será também apresentado um documentário sobre a segada no Festival da Lombada. Depois segue para o Centro de Arte Alberto Carneiro, em Santo Tirso.
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