Foto: Maria Gabriela Kirsch |
Antes da Missa das 9.00h, no domingo passado, dizia-me o Sr. Manuel: “Sr. padre vem mais duas entrevistas suas no Mensageiro, destas últimas semanas, sobre o São Bartolomeu!”
“Opinião, Sr. Manuel” [...].
E, agora que posso acrescentar ao óbvio […] pensava de mim para comigo. Calei-me, mas continuava a pensar na matéria, sobre a nossa “Estância de Turismo”, para esta edição do jornal, pois já é mais que tempo para “promover a defesa”, pensar na “fruição e valorização do património natural, cultural e paisagístico” do São Bartolomeu.
O Monte São Bartolomeu está entre os “negócios”, perdoem-me tão dura expressão, melhor, entre as iniciativas que transcendem a utilidade comercial é um dos empreendimentos gerador de audiências, tema de forte com repercussão social em Bragança e não só. Quem tiver dúvidas coloque uma fotografia da escadaria invadida pela erva, ou com os degraus destruídos, faça um vídeo do miradouro, ou grave um podcast com a história do Monte São Bartolomeu, coloque-o nas redes sociais, se tiver coragem, depois registe o número de pessoas que comentam, que vêem, ou ouvem, registe para ter uma noção fidedigna, ou uma grande surpresa, acerca das visualizações, ou das audiências geradas.
No dia 19 de setembro, do corrente ano, veio a Bragança o Presidente do grupo Rádio Renascença [RR], Cónego Paulo César Serralheiro Franco, acompanhado do Eng. João Pereira e reuniu com os Cónegos, Valentim Bom e Silvério Pires, do Cabido da Catedral e com o pároco de Samil, Estevinho Pires, para analisar as condições da parceria, no que toca à utilização do espaço do retransmissor e da antena do São Bartolomeu. Este espaço foi disponibilizado em 1969 por D. Manuel de Jesus Pereira, para que a RR chegasse a Bragança, como “consoladora e apostólica realidade”, palavras suas. D. Manuel sente-se confortável a apoiar este meio de comunicação social da Igreja, pois une os católicos em Portugal e proporciona mais uma alternativa evangelizadora aos seus diocesanos.
No planalto do Monte São Bartolomeu existe uma Capela, uma casa dos Mordomos, dois Coretos, um Miradouro sobre a cidade, um espaço ímpar de natureza e um elevadíssimo número de visitantes diários. Para lá do equipamento urbano despedaçado, edificações degradadas, há também um espaço descuidado a necessitar atenção urgente.
O Cabido e a Paróquia de Samil estão a unir esforços e reunir empresas, para já as presentes no local há várias décadas [RR, MEO e Brigantia], para em parceria reabilitarem este emblemático espaço urbano. A nobreza do tecido empresarial manifesta-se hoje através de uma coerente política de valores, que vão da honra de compromissos, à responsabilidade social junto dos seus trabalhadores, a uma afinada consciencialização comunitária, de onde lhe advém benefícios, reputação, credibilidade e legitimidade.
Apreciam-se as organizações virtuosas, mas este valor é sobretudo um processo, não um estado acabado. “Apoiar um evento virtuoso, não faz uma organização virtuosa, da mesma forma que uma andorinha não faz a primavera. E, a relação entre andorinhas e primaveras resulta de padrões que se repetem incessantemente no decurso dos longos períodos de tempo”.
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